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Confronto que deixou 30 feridos, TERÁ SEGUNDO TURNO DIA 29

17 de October de 2008


Além de anunciar uma paralisação policial em todo o país para o dia 29 próximo para repudiar o confronto que deixou 30 feridos, representantes dos sindicatos de investigadores e escrivães da Polícia Civil de São Paulo planejam se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesse sábado na capital paulista.

Sindicalistas dão entrevista

Lula estará em São Paulo no fim-de-semana para participar de um ato da campanha eleitoral de Marta Suplicy, além de outros comícios por cidades da Grande São Paulo que terão segundo turno com participação de candidatos petistas.

Os policiais pretendem entregar um documento para o presidente neste sábado pela manhã, relatando as condições e reivindicações da categoria.

A decisão foi feita na tarde desta sexta em reunião da qual participavam os presidentes do Sipesp (Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de São Paulo) e do Sepesp (Sindicato dos Escrivães de Polícia do Estado de São Paulo), e representantes da CUT e da Força Sindical.

Apesar da aparente intenção de nacionalizar a greve estadual, o deputado federal Paulinho da Força (PDT-SP), que estava presente como representante da Força Sindical, afirmou que não será uma intervenção federal na disputa entre o governo de São Paulo e a Polícia Civil.

“Não queremos uma intervenção do Lula, e sim que ele fique sabendo dos fatos”, disse o parlamentar.

Já os sindicalistas acham que novo confronto entre agentes civis e militares vai exigir intervenção federal, citando o caso do Rio de Janeiro.

“Se houver outro confrontamento, com o governador jogando irmão contra irmão, o governo federal terá que tomar alguma medida”, afirmou João Batista Rebouças, presidente do Sipesp, negando as acusações do governo

“É preciso discutir a reforma da polícia”, diz sociólogo

Durante a reunião, Paulinho da Força chamou o governador José Serra de “incompetente” e de “cabeça oca” diversas vezes. “Nas viagens ao exterior, o Lula vai ter de explicar o que esse governador incompetente faz. Já saiu a notícia no New York Times e no El Pais”, disse o parlamentar.

Paulinho também disse que os policiais civis recebem vale-alimentação de R$ 4 por dia, que seria um “vale-coxinha”. “Se o policial beber, fica só na cerveja. Isso não dá nem para uma coxinha e um guaraná”, resumiu o sindicalista.

Os sindicatos dos policiais e centrais sindicais acusam Serra de levar a greve às conseqüências de ontem. O governador já havia declarado que vê intenção eleitoreira no movimento grevista.

“Não tem conotação político-partidária. Meu partido é o PPC, partido da Polícia Civil”, disse Rebouças.

Os representantes dos sindicatos querem encontrar-se com Lula somente após o ato da campanha de Marta para não caracterizar a ação como de cunho partidário.

Ainda segundo Rebouças, a greve “irá recrudescer”, mas a população não deve se sentir insegura porque o trabalho de emergência continua sendo executado.

Nesta quinta-feira, um confronto entre policiais civis e militares deixou cerca de 30 feridos, quando os grevistas tentaram se aproximar do Palácio dos Bandeirantes para entregar a proposta de aumento ao governador José Serra.

Na coletiva de imprensa desta sexta-feira, alguns policiais se exaltaram e pediram o “impeachment” de Serra, questionando seu controle sobre a segurança pública no Estado.

* Alex Almeida/Folha Imagem

Sindicatos culpam Serra por confronto entre policiais civis e militares ontem em São Paulo

* Policiais civis de todo o país prometem paralisação
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* Veja imagens do conflito

Na sala do sindicato dos investigadores, no centro de São Paulo, havia representantes de policiais de outros Estados. Lá foi anunciada uma paralisação de suas atividades no próximo dia 29 em apoio aos grevistas e em repúdio à maneira que eles classificam como “desrespeitosa” com que o governo paulista tem tratado os policiais.

Uma das associações, a Adepol (Associação dos Delegados de Polícia do Brasil), promete parar por duas horas. Já a Federação Interestadual das Polícias Civis das Regiões Centro-Oeste e Norte, por sua vez, já fala em parar as atividades por até 24 horas.

“Vai ser uma manifestação de repúdio à política de José Serra”, afirmou o sindicalista Rebouças.