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VEJA COMO A POLÍCIA CIVIL DE SÃO PAULO VAI MUDAR

28 de September de 2009


Já se vão mais de seis meses que o atual secretário de segurança pública assumiu a chefia da polícia civil de São Paulo e pouca coisa mudou, quase nada, na verdade.
O que mudou mesmo foi o respeito que os policiais tinham para com o novo secretário com a sua infeliz declaração de que encontrava uma polícia civil “em situação de absoluta inépcia e letargia”, disse o secretário numa palestra para os agentes policiais, descrevendo minuciosamente o caos administrativo que encontrou quando tomou posse.
E nós acreditamos naquele caos, sabia-se que ali na SSP imperava um clima de discórdia, onde, em meio a uma crise que envolvia gravíssimas denúncias de corrupção, nepotismo e ineficiência na cúpula e nos escalões intermediários da Pasta, o secretário Antônio Ferreira Pinto (*)finalmente divulgou as medidas para reorganizá-la nos planos estrutural e funcional. O SSP mudou algumas coisas, como por exemplo, trocou comandos, organizou a substituição de diretores de departamento da Polícia Civil e pediu uma redefinição das funções dos delegados, com o objetivo de resgatar a função investigativa da Polícia Civil.
Para isso usou de um decreto assinado pelo governador José Serra onde serão implantadas num momento em que a violência está aumentando no Estado de São Paulo, uma mudança estrutural na polícia civil de São Paulo
Uma das medidas é deixar exclusivamente para a Polícia Militar (PM) a responsabilidade pela escolta dos presos internados em hospitais e prontos socorros de todo o estado de São Paulo, liberando assim destarte policiais civis para a investigação de crimes.
Vê se claramente a intenção do secretário de segurança pública, Antônio Ferreira Pinto de transformar a polícia paulista nos moldes da Polícia Federal.
Os agentes de polícia judiciária ficarão com a responsabilidade exclusiva de registrar os chamados “termos circunstanciados de ocorrência”, que aos poucos ira substituindo os B. Os, principalmente os que envolvem os casos menos graves, casos conhecidos no jargão policial, como “papel bala” que são os casos de pequeno potencial ofensivo, liberando deste modo os investigadores de polícia para o seu mister, que é o de investigar os crimes de autoria desconhecida, tentando trazer as barras do tribunal os seus autores, deste modo os novatos, os investigadores neófitos terão de trabalhar durante dois anos no plantão de alguma delegacia.
Quanto aos delegados, além de passarem a ter responsabilidade sobre dois distritos, que se espera sejam próximos uns dos outros.
As mudanças aparentemente são sensatas e tocam em vários pontos importantes, mas isso não garante que darão certo.
Mesmo porque, além da necessidade de reestruturação de funções e troca de comandos, a Polícia Civil precisa de melhor metodologia infra-estrutural, de mais recursos de melhores materiais de trabalho, não é dando um veículo policial, tipo “Meriva”, que além de ser 1.4, o ideal seria pelo menos 1.8 e todas descaracterizadas, ela a polícia carece principalmente, de melhor articulação.
Por exemplo, todos aqui na polícia civil rejeitam a equiparação funcional com oficiais da PM e pleiteiam status e salários iguais aos dos promotores de Justiça. Por seu lado, os coronéis da PM se opõem à tentativa dos delegados de incluir seus cargos nas “carreiras jurídicas” do Estado.
É a guerra do TC, é facada nas costas, briga do alto escalão que se reflete cá em baixo no plantão policial, onde se encontram na execução de suas tarefas, os escrivães, investigadores e PMs que nada tem com essa briga de Titãs…
Com as medidas administrativas e funcionais que está tomando, o secretário Pinto aparenta parecer estar no caminho certo. Mas, porem, contudo com essa duplicidade organizacional das duas polícias isso será muito difícil de acontecer, pois sabe-se que Água e Óleo nunca irão se misturar resta saber quem é a água, pois o óleo já bem o sabe. Outro aspecto importante é este projeto de lei que será enviado na data de hoje 28 de Setembro de 2009. Para a apreciação da Assembleia Legislativa, projeto que nem foi enviado, mas já encontra muitas críticas, não pelo vazamento na mídia, já que havia um acordo com as classes que participaram da reunião na DGP, para não comentarem o caso até a data de hoje, 28/09/2009 a chiadeira será isso podem apostar principalmente por parte dos ocupantes dos cargos de Agente de telecomunicações, Agente policial, Atendente de necrotério e Auxiliar de papiloscopista, Auxiliar de necropsia, Carcereiro, Desenhista técnico-pericial, Fotógrafo pericial.
Quanto a mim, resta-me esperar e torcer para que tudo saia como o esperado e desejado por todos, Gregos e Troianos.
Ligeirinho do Jardim Chove Balas, agora no Vietnam.

(*). “Antônio Ferreira Pinto foi um policial militar, chegou ao nível de capitão e depois ingressou no Ministério Público de São Paulo”.

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Ligeirinho, agora com balas traçantes aqui no Vietnam…