Archive for May, 2009

NÃO VOTE EM LADRÃO

31 de May de 2009


Uma boa maneira de eliminarmos os políticos que não correspondem à ética.

Finalmente aconteceu ! O poder do voto nulo! 89,23% de votos nulos

CIDADANIA

Bom Jesus de Itabapoana – 89,23% de votos nulos

*LIÇÃO DE CIDADANIA*

*Esse é o exemplo que deve ser seguido…
Tomara que essa moda pegue…
Mas pra isso necessita ser divulgada…
Vejam o município Bom Jesus do Itabapoana .
Devido ao baixo nível do candidato,de um total de 26.863 eleitores que
compareceram às urnas, 20.821 eleitores conscientes decidiram anular o
seu voto …
Um exemplo para o mundo…*

É algo difícil de acontecer, mas aconteceu!
Os votos nulos somaram 20821 ( 89,23%). Vejam a coragem e esclarecimento dessa população.
O candidato a prefeito não servia e a população cuidou de eliminá-lo no voto.
O TRE terá que fazer nova eleição e o candidato reprovado não poderá se candidatar novamente. O interessante é que esse fato não foi divulgado em nenhuma mídia.
Até a Globo se calou. Se a moda pega, quem sabe não poderíamos depurar essa gente que vive enganando a todos?
Quem sabe a solução que tanto almejamos não passa por aí?

Já que a imprensa está comprada por estes políticos corruptos, vamos fazer a nossa parte. Divulguem isso para o maior números de pessoas do seu grupo de relacionamento, ou faça como o lija, vá pescar em vez de votar, e pague a multa, é baratinha, pois eu bem sei que o pior dos dias de pescaria, é infinitamente melhor do que o melhor dos melhores dia de votação…votou em ladrão, você é o bobão!

(a arte de iludir parte I)

30 de May de 2009

A PEQUENA MAISA E O MONSTRO TERRÍVEL (a arte de iludir parte I)

(Autor: Antonio Brás Constante)

Muitas vezes até coisas lógicas, como a própria lógica, podem falhar quando são utilizadas de forma parcial ou meramente representativa. Por exemplo, se encontrássemos alguém que desconhecesse os gentílicos, ou seja, os nomes utilizados para definir as pessoas nascidas nos diversos lugares deste mundo, e lhes disséssemos que quem nasce na Argentina é chamado de argentino, quem nasce em Londres é londrino e quem nasce nos Andes é chamado de andino, este indivíduo poderia deduzir que quem nascesse na Espanha se chamaria espinho, se fosse em Creta seria cretino e nascendo na Suíça só poderia ser suíno, e passaria a achar que a tal gripe A(H1N1) veio de lá.

O que acaba chocando e causando desapontamento é quando o poder público resolve tratar as coisas de forma representativa, e ao invés de trabalhar o todo, foca os esforços sobre um fragmento do problema, na expectativa de que isso faça com que as pessoas pensem que se está atuando de forma eficiente na solução geral. É o que parece estar acontecendo no caso do alarde sobre o choro televisivo da menina Maisa (vítima de um ato de péssimo gosto de quem bolou aquele episódio).

Se ela chorasse embaixo de uma ponte, abandonada em alguma viela, sofrendo indefesa diante dos tantos horrores pelos quais sofrem milhares de crianças anônimas, diariamente, explicitamente e vergonhosamente em cada um dos recantos deste País, os tais representantes de seus direitos, provavelmente, continuariam quietos em suas funções burocráticas, pois todos sabem que são muitos os casos de desrespeito as crianças, faltam funcionários, faltam recursos, blá, blá, blá e mais blá.

Mas um choro na televisão tem um peso maior, causa comoção, e faz com que os paladinos da justiça corram de forma altruísta ao seu socorro, e aproveitem para aplicar multas milionárias no decorrer do processo. Eles aparecem em todas as mídias que queiram ouvi-los para dizer que estão de olho em qualquer violação dos direitos da conhecida menina. E assim a pequena Maisa pode continuar a seguir sua carreira tranqüila, enquanto o monstro terrível do abandono fica lá fora, nas favelas, ruas e sinaleiras (apenas citando alguns lugares onde este ser monstruoso pode ser facilmente encontrado), atacando livremente todas as demais crianças, que vivem sem assistência ou audiência.

A hipocrisia parece transbordar soberana quando se vê casos assim, onde tentam dar a entender que a sociedade realmente estaria atenta e disposta a fazer algo em favor dos injustiçados e compensar o descaso escancarado. Quase dá para ouvir um retumbante discurso dizendo: “nós não somos omissos aos problemas infantis, mas como não podemos atender a todos com igual eficiência, vamos mostrar nossa competência neste ou naquele caso, na esperança de que com isso ajudemos a atenuar o sofrimento das outras crianças que sofrem indefesas e longe dos nossos olhos (pois ao que parece o poder público não assiste sequer aos documentários sobre o sofrimento infantil, mas a audiência deles aos programas do SBT deve ser enorme…)”.

Enfim, para não alongar muito o texto, vou deixar para a “parte II” a continuação sobre esta mania que o estado brasileiro tem de tentar fazer de conta que está resolvendo os problemas da nação, utilizando casos isolados como se fossem programas de ação eficientes e não deficientes.

AVISO: Para aqueles que talvez tenham lido o meu último texto “A IRREFUTÁVEL REVELAÇÃO”, informo que coloquei a data errada sobre a tal previsão do lançamento do livro deste eterno aprendiz de escritor, se o mundo não acabar antes, agora em junho de 2009, o livro vai nascer, eclodir, desabrolhar, dar o ar da graça, ser publicado, ou qualquer coisa assim…

E-mail: abrasc@terra.com.br

Site: recantodasletras.uol.com.br/autores/abrasc

NOTA DO AUTOR: Divulgue este texto para seus amigos. (Caso não tenha gostado do texto, divulgue-o então para seus inimigos).

NOVA NOTA DO AUTOR (agora com muito mais conteúdo na nota): Caso queira receber os textos do escritor Antonio Brás Constante via e-mail, basta enviar uma mensagem para: abrasc@terra.com.br pedindo para incluí-lo na lista do autor. Caso você já os receba e não queira mais recebe-los, basta enviar uma mensagem pedindo sua retirada da lista. E por último, caso você receba os textos e queira continuar recebendo, só posso lhe dizer: “Também amo você! Valeu pela preferência”.

ULTIMA NOVA NOTA DO AUTOR: Agora disponho também de ORKUT, basta procurar por “Antonio Brás Constante”.

tribunal de justiça se manifesta sobre aposentadoria de servidores

27 de May de 2009

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO TJ-SP

garante aos servidores o direito à aposentadoria especial

O Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu, em julgamento de um Mandado de Injução, criar norma para disciplinar aposentadoria especial em atividades insalubres. A aposentadoria especial, apesar de ser um direito garantido na Constituição Federal e pela Constituição do Estado de São Paulo, ainda não foi regulamentada por lei. Assim, muitos trabalhadores que de fato exercem atividades insalubres não conseguem o benefício.
Um funcionário da UNESP acionou a justiça para que lhe fosse garantido o direito à aposentadoria especial por exercício de atividade insalubre – ele trabalha no Hospital Universitário de Botucatu. Com a falta da norma reguladora do benefício, o colegiado do TJ-SP deu ganho de causa ao servidor, e determinou ainda que a decisão teria efeito erga omnes – ou seja, seria válida para todos os casos semelhantes, e não apenas para o autor da ação judicial.
O Tribunal de Justiça paulista entendeu que a contagem diferenciada de tempo para esse tipo de aposentadoria é um direito assegurado pela Constituição paulista aos servidores públicos estaduais desde 1989. Entendeu ainda que os servidores não podem ser prejudicados pela falta de norma reguladora, e por isso determinou que, enquanto não for criada tal norma, ficam valendo as regras da Lei Federal 8.213/91.
O site Consultor Jurídico informa que estava na pauta do Órgão Especial o julgamento de cinco Mandados de Injunção, mas apenas o primeiro foi julgado – a decisão foi aplicada aos demais. “A partir de agora, os servidores públicos estatutários do estado, que comprovadamente exerçam atividade insalubre, não mais precisam ingressar na Justiça para ter assegurado o direito de pedir aposentadoria especial”, diz a reportagem do site.

Ementa da decisão:
“Mandado de injunção – Aposentadoria especial de servidor público, que trabalha em hospital de universidade estadual – Ausência de Lei Complementar Nacional disciplinando os requisitos e critérios para sua concessão, conforme o reclamado pelo artigo 40, § 4º, da Constituição da República – Lei complementar que encerra norma geral, a exemplo do que se passa com o Código Tributário Nacional – Hipótese de competência concorrente, nos termos do artigo 24, XII, da Lei Maior, sendo ela conferida supletivamente aos Estados e ao Distrito Federal que, na falta de norma geral editada pelo Congresso Nacional, podem exercer competência plena para fixar normas gerais e, em seguida, normas específicas destinadas a atender suas peculiaridades – Competência da União que, em tema de direito previdenciário, somente exsurge privativa quando se tratar de regime geral de previdência social e previdência privada, mas não de previdência dos servidores – Interpretação que se extrai do cotejo das normas dos artigos 22, XXIII E 24, XII, da Constituição da República – Afastamento da Ilegitimidade do Governador do Estado para figurar no pólo passivo da presente impetração.

Mandado de injunção – Natureza jurídica de ação mandamental, e não de mera declaração de mora legislativa – Necessidade de se dar efetividade ao texto constitucional – Judiciário que, ao conceder a injunção, apenas remove o obstáculo decorrente da omissão, definindo a norma adequada ao caso concreto, não se imiscuindo na tarefa do legislador – Existência de um poder-dever do Judiciário de formular, em caráter supletivo, a norma faltante – Aplicação, por analogia, para o fim de contagem de tempo para aposentadoria especial, do quanto previsto no artigo 57 da Lei nº 8.213/91, que dispõe sobre os benefícios do regime geral de previdência social – Precedente, em caso análogo, do Colendo Supremo Tribunal Federal (MI 721/DF) que modificou, sobremaneira, o modo de o Excelso Pretório enxergar o alcance do mandado de injunção, superando a timidez inicial, como referido pelo próprio Relator, Eminente Ministro Marco Aurélio – Possibilidade de concessão de efeitos erga omnes, consoante o decidido pelo Supremo Tribunal Federal no MI 708/DF, até e porque a decisão proferida em sede de mandado de injunção não se difere daquela prolatada no exercício do controle abstrato de omissões legislativas – Injunção concedida – Demais impetrações prejudicadas.

Mandado de Injunção 168.151-0/5-00
e não vai para por ai, as notícias sobre a aposentadoria e as formas de ter acesso a tão sonhada aposentadoria.
Ligeirinho do Jardim Chove Balas

A pergunta que não quer calar

27 de May de 2009

QUEM PODERÁ RESPONDER?

– Um motorista do Senado ganha mais para pilotar um automóvel do que um
oficial da Marinha que pilota uma fragata !

– Um ascensorista da Câmara Federal ganha bem mais para pilotar os
elevadores da casa, do que um oficial da Força Aérea que pilota um Mirage.

– Um diretor que comanda a garagem do Senado ganha muito mais que um
oficial-general do Exército que comanda um regimento de blindados.

– Um diretor sem diretoria do Senado ganha mais que o dobro que um professor federal concursado – doutor e com prestígio internacional.*

A QUEM VAMOS DIRIGIR ESTAS QUESTÕES???

O “Por quê” deste descalabro e atentando ao bom senso ?

QUEM VOCÊ MANDARIA PARA A NASA?

24 de May de 2009

APOSENTADORIA ESPECIAL PARA POLICIAL CIVIL

24 de May de 2009




P A R E C E R

PROCURADORIA GERAL DO ESTADO

PROCESSO: PGE-GDOC 18488-857326/2008

INTERESSADO: UNIDADE CENTRAL DE RECURSOS HUMANOS

ASSUNTO: APOSENTADORIA ESPECIAL DE POLICIAL CIVIL

LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL Nº 1.062, DE 13DE NOVEMBRO DE 2008.

Endosso o Parecer GPG/Cons. nº 95/2008 que, analisando as assertivas apresentadas pela Unidade Central de Recursos Humanos, conclui que:

I) a exigência relativa ao cumprimento de no mínimo cinco anos no cargo efetivo em que se der a aposentadoria (inciso III, do §1º, do artigo 40, da CF) não é aplicável para fins de concessão da aposentadoria voluntária conforme o sistema da LCE nº 1.062/2008, suficiente, para tanto, o atendimento dos requisitos apresentados na norma infraconstitucional que, conforme permissivo constante da parte final do § 4º, inciso II, do artigo 40, da CF, dispôs sobre a matéria, vedado o amalgamento desta com outras regras permanentes (previstas no corpo da Lei Maior) ou de transição (previstas nas Emendas Constitucionais);

II) a aposentadoria voluntária, concedida com fundamento na LCE nº 1.062/2008, enseja direito a proventos integrais19 calculados a partir dos valores fixados na forma dos §§ 3º e 17º, do artigo 40, da CF, isto porque, buscando fundamento no § 4º, inciso II, a lei integra o regramento constitucional permanente previsto no mesmo artigo 4020, sendo defesa a fusão não só de normas concessivas do direito à aposentadoria, como também daquelas que estabelecem, para cada sistema, o direito ao percebimento de determinado valor de proventos;

III) o abono de permanência é devido àqueles servidores que, com direito a requerer a aposentadoria nos termos da LCE nº 1.062/2008, optarem por continuar em atividade, pelas mesmas razões contidas na orientação traçada no Parecer PA nº 115/2007 e ratificada na não aprovação do Parecer PA nº151/2008; IV) o fundamento legal que autoriza pagamento de abono de permanência a servidor que continua em atividade não vincula o processamento de sua futura inativação com base no mesmo sistema que lhe permitiu receber o benefício; V) devem ser observadas, pela Administração,

19 V. definição de integrais no item 12.1, da peça opinitiva.

20 “Artigo 40 – (…) § 1º – Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma dos §§ 3º e 17º (…) § 4º – É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leiscomplementares, os casos de servidores; I – (…) II – que exerçam atividades de risco;” (gs.ns.)

as orientações traçadas na manifestação do Sr. Procurador Geral do Estado quando da não aprovação do Parecer PA nº 130/2007, bem assim, as cautelas indicadas no Parecer PA nº 47/2006, evitando-se eventuais controvérsias. Encaminhe-se à consideração do Senhor Procurador Geral do Estado, com proposta de aprovação do Parecer GPG/Cons. nº95/2008.

Subg. Consultoria, em 16 de janeiro de 2009.

MARIA CHRISTINA TIBIRIÇÁ BAHBOUTH

SUBPROCURADORA GERAL DO ESTADO

ÁREA DE CONSULTORIA

A IRREFUTÁVEL REVELAÇÃO…

23 de May de 2009


A IRREFUTÁVEL REVELAÇÃO…

(Autor: Antonio Brás Constante)

Neste momento toda a atenção do mundo está voltada para uma só pessoa. Um senhor de 89 anos, de origem humilde, morador do interior do Estado do Rio Grande do Sul. Um homem conhecido em sua região, apenas como Seu Artêmio.

Há algumas semanas atrás, finalmente foi decifrada, de forma clara, parte de uma das profecias de Nostradamus. Fato que coincidiu com o achado de uma carta feita na época de Cristo, escrita por apóstolos e pela descoberta de algumas inscrições Maias.

Analisadas as três escrituras, constatou-se que se referiam ao mesmo assunto. Falavam sobre uma pessoa, que em um certo momento e em um determinado lugar, receberia a inspiração necessária para esclarecer-nos sobre a origem da humanidade. A pessoa em questão era o Seu Artêmio.

Ele foi o escolhido, para que através de uma única pronuncia, pudesse responder sobre quem somos, de onde viemos e qual é nosso papel neste plano material.

Seu Artêmio se mostra calmo e contemplativo, imerso em seus pensamentos. Totalmente indiferente aos milhares de repórteres ao seu redor e câmeras que filmam o seu semblante. A qualquer momento ele deverá falar e o que disser guiará nossos passos. Abrirá nossos olhos sobre o verdadeiro sentido de nossa existência. Esperem, parece que ele vai dizer algo…

– A…

Sim, Seu Artêmio, diga: “A” o quê? A humanidade? A origem da vida? Parece por uns instantes que ele não vai conseguir falar. O que é mais do que compreensível. Dada a responsabilidade advinda das suas próximas palavras. Todos estão esperançosos. O silêncio é total. Os corações de bilhões de pessoas batem descompassados. O nervosismo está estampado em cada rosto, diante da grande revelação sobre algo que, provavelmente, será a comprovação de nossa origem divina. Vamos, Seu Artêmio, diga-nos qual o sentido da humanidade? De sua boca saíra, afinal, o que nós, seres humanos e racionais, realmente somos. Meu Deus! Ele vai falar. ELE VAI FALAR!

– A… A… AAAAAATCHIIIIIIMMMMMMM…

(P.S: as profecias também falavam sobre um livro, denominado: “Hoje é seu aniversário – PREPARE-SE”, que seria lançado em junho de 2008, por um escritor chamado: Antonio Brás Constante e que mudaria a vida de todos aqueles que lessem o seu conteúdo. Resta-nos esperar para ver se as profecias se concretizam…).

E-mail: abrasc@terra.com.br

Site: recantodasletras.uol.com.br/autores/abrasc

NOTA DO AUTOR: Divulgue este texto para seus amigos. (Caso não tenha gostado do texto, divulgue-o então para seus inimigos).

NOVA NOTA DO AUTOR (agora com muito mais conteúdo na nota): Caso queira receber os textos do escritor Antonio Brás Constante via e-mail, basta enviar uma mensagem para: abrasc@terra.com.br pedindo para incluí-lo na lista do autor. Caso você já os receba e não queira mais recebe-los, basta enviar uma mensagem pedindo sua retirada da lista. E por último, caso você receba os textos e queira continuar recebendo, só posso lhe dizer: “Também amo você! Valeu pela preferência”.

ULTIMA NOVA NOTA DO AUTOR: Agora disponho também de ORKUT, basta procurar por “Antonio Brás Constante”.

Antonio Brás Constante é localizado também na lista telefonica, fale com ele, ligue Já.
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O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL RECONHECE AOS ASSOCIADOS DA ADPESP O DIREITO À APOSENTADORIA ESPECIAL – 19/05/2009

22 de May de 2009


O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL RECONHECE AOS ASSOCIADOS DA ASSOCIAÇÃO DOS DELEGADOS DE POLÍCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO A ADPESP O DIREITO À APOSENTADORIA ESPECIAL – Em decisão proferida no dia 12 e publicada dia 18 de maio de 2009, no Mandado de Injunção 755-1 proposto pela Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo, o STF reconheceu o direito à aposentadoria especial aos associados da ADPESP. Estabeleceu também que a renda mensal equivalerá a 100% do salário-benefício.
Segue a Decisão:

STF
Disponibilização: segunda feira, 18 de maio de 2009-05-19
Supremo Tribunal Federal – Intimações e despachos

MANDADO DE INJUNCAO 755-1 (839)
PROCED. :DISTRITO FEDERAL
RELATOR :MIN. EROS GRAU
IMPTE.(S) :ASSOCIACAO DOS DELEGADOS DE POLICIA DO
ESTADO DE SAO PAULO – ADPESP
ADV.(A/S) :ROBERTO TADEU DE OLIVEIRA E OUTRO (A/S)
IMPDO.(A/S) :CONGRESSO NACIONAL

DECISAO: Trata-se de Mandado de Injunção coletivo, com pedido de medida cautelar, impetrado pela Associacao dos Delegados de Policia do Estado de Sao Paulo – ADPESP.
Início da Página Pdf n.º 77 de 192

2.A impetrante alega que os associados sao servidores publicos que exercem ou exerceram suas funcoes em ambientes insalubres, perigosos, e/ou penosos.

3.Afirma no mandado de injuncao que a ausencia da lei complementar referida no artigo 40, § 4º, da Constituicao do Brasil — [e] vedada a adocao de requisitos e criterios diferenciado s para a concessao de
aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados os casos de atividades exercidas exclusivamente sob condicoes especiais que prejudiquem a saude ou a integridade fisica, definidos em lei complementar — torna inviavel o exercicio de direito a aposentadoria especial, do qual os associados sao titulares.

4.Em decisao de fl. 91 neguei, com respaldo na jurisprudencia, o pedido de medida cautelar, vez que o mandado de injuncao e incompativel com a concessao de liminares. Determinei ainda fossem solicitadas
informacoes ao Presidente da Republica.

5.O Procurador-Geral da Republica, afirmando que a hipotese destes autos e identica a do MI n. 758, opina pela procedencia parcial do pleito. Alega que deve ser reconhecido o direito, dos associados, a ter suas situacoes
analisadas pela autoridade competente a luz da Lei n. 8.213/91, no que se refere especificamente a o pedido de concessao da aposentadoria especial prevista no artigo 40, § 4º, da Constituicao do Brasil.

6.E o relatorio. Decido.

7.Neste mandado de injuncao a impetrante sustenta que a ausencia da lei complementar prevista no artigo 40, § 4º, da Constituicao do Brasil torna inviavel o exercicio de direito a aposentadoria especial, de que os associados neste mandado de injuncao sao titulares.

8.Reproduzo inicialmente observacoes do Ministro CELSO DE MELLO no MI n. 20: “[e]ssa situacao de inercia do aparelho de Estado faz emergir, em favor do beneficiario do comando constitucional, o direito de exigir uma
atividade estatal devida pelo Poder Publico, em ordem a evitar que a abstencao voluntaria do Estado frustre, a partir desse comportamento omissivo, a aplicabilidade e a efetividade do direito que lhe foi reconhecido pelo proprio texto da Lei Fundamental. O Poder Legislativo, nesse contexto, esta vi nculado institucionalmente a concretizacao da atividade governamental que lhe foi imposta pela Constituicao, ainda que o efetivo desempenho dessa incumbencia constitucional nao esteja sujeito a prazos pre-fixados” [fl. 129].

9.Esta Corte mais de uma vez reconheceu a omissao do Congresso Nacional no que respeita ao dever, que lhe incumbe, de dar concrecao ao preceito constitucional. Nesse sentido valho-me ainda de afirmacao do Ministro CELSO DE MELLO, como segue: “Desse modo, a inexistencia da lei complementar reclamada pela Constituicao reflete, forma veemente e concreta, a inobservancia, pelo Poder Legislativo, dentro do contexto temporal referido, do seu dever de editar o ato legislativo em questao, com evidente desapreco pelo comando constitucional, frustrando, dessa maneira, a necessidade de regulamentar o texto da Lei Maior, o que demonstra a legitimidade do reconhecimento, por esta Suprema Corte, da omissao congressual apontada” [fl. 131].

10.No julgamento do MI n. 721, Relator o Ministro MARCO AURELIO, DJ de 30.11.2007, o STF examinou esta questao, julgando parcialmente procedente o pedido para assegurar a impetrante o direito a aposentadoria
especial [artigo 40, § 4º, da Constituicao do Brasil], direito a ser exercido nos termos do texto do artigo 571 da Lei n. 8.213 de 24 de julho de 1.991, que dispoe sobre os Planos de Beneficios da Previdencia Social. Proferi voto-vista quanto ao MI n. 721, acompanhando o Relator.

11.O entendimento foi reafirmado na ocasiao do julgamento do MI n. 758, tambem de relatoria do Ministro MARCO AURELIO, DJ de 26.9.2008. “MANDADO DE INJUNCAO . NATUREZA. Conforme disposto no inciso LXXI do artigo 5º da Constituicao Federal, conceder-se-a mandado de injuncao quando necessario ao exercicio dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes a nacionalidad e, a soberania e a cidadania. Ha acao mandamental e nao simplesmente declaratoria de omissao. A carga de declaracao nao e objeto da impetracao, mas premissa da ordem a ser formalizada. MANDADO DE INJUNCAO . DECISAO . BALIZAS. Tratando-se de processo subjetivo, a decisao possui eficacia considerada a relacao juridica nele revelada.

APOSENTADORIA . TRABALHO EM CONDICOES ESPECIAIS
PREJUIZO A SAUDE DO SERVIDOR . INEXISTENCIA DE LEI COMPLEMENTAR . ARTIGO 40, § 4º, DA CONSTITUICAO FEDERAL.

Inexistente a disciplina especifica da aposentadoria especial do servidor, impoe-se a adocao, via pronunciamento judicial, daquela propria aos trabalhadores em geral . artigo 57, § 1º, da Lei no 8.213/91″.

12.Havendo, portanto, sem qualquer duvida, mora legislativa na regulamentacao do preceito veiculado pelo artigo 40, § 4º, a questao que se coloca e a seguinte: presta-se, esta Corte, quando se trate da apreciaca o de mandados de injuncao, a emitir decisoes desnutridas de eficacia?

13.Esta e a questao fundamental a considerarmos. Ja nao se trata de saber se o texto normativo de que se cuida — Artigo 40, § 4º — e dotado de eficacia. Importa verificarmos e se o Supremo Tribunal Federal emite decisoes ineficazes; decisoes que se bastam em solicitar ao Poder Legislativo que cumpra o seu dever, inutilmente. Se e admissivel o entendimento segundo o qual, nas palavras do Ministro NERI DA SILVEIRA, “a Suprema Corte do Pais decid[e] sem que seu julgado tenha eficacia”. Ou, alternativamente, se o Supremo Tribunal Federal deve emitir decisoes que efetivamente surtam efeito, no sentido de suprir aquela omissao. Dai porque passo a desenvolver consideracoes a proposito do instituto do mandado de injuncao.

14.Toda a exposicao que segue neste apartado do meu voto e extraida de justificativa de autoria do Professor JOSE IGNACIO BO TELHO DE MESQUITA a anteprojeto de lei por ele elaborado, que foi publicado inicialmente no jornal O Estado de Sao Paulo, de 26 de agosto de 1.989, e, posteriormente, foi convertido no Projeto de Lei n. 4.679, de 1.990, que o repetiu na integra, inclusive a sua justificativa [Diario do Congresso Nacional de 17.04.1990, pagina 2.824 e segs.].

15.Diz o eminente Professor Titular da Faculdade de Direito da USP:

“1. E principio assente em nosso direito positivo que, nao havendo norma legal ou sendo omissa a norma existente, cumprira ao juiz decidir o caso de acordo com a analogia, os costumes e os principios gerais do direito (Lei de Introducao ao Cod. Civil, art. 4º; Cod. Proc. Civil, art. 126). Assim, o que pode tornar inviavel o exercicio de algum direito, liberdade ou prerrogativa constitucionalmente assegurados nao sera nunca a ´falta de norma regulamentadora´ mas, sim, a existencia de alguma regra ou principio que proiba ao juiz recorrer a analogia, aos costumes ou aos principios de direito para suprir a falta de norma regulamentadora.
Havendo tal proibicao, configura-se a hipotese de impossibilidade juridica do pedido, diante da qual o juiz e obrigado a extinguir o processo sem julgamento de merito (Cod. Proc. Civil, art. 267, VI), o que tornara inviavel o
exercicio do direito, liberdade ou prerrogativa assegurados pela Constituicao.
O caso, pois, em que cabe o mandado de injuncao e exatamente o oposto daquele em que cabe o mandado de seguranca. Vale dizer, e o caso em que o requerente nao tem direito de pretender a tutela jurisdicional e em que requerido teria o direito liquido e certo de resistir a essa pretensao, se acaso fosse ela deduzida em Juizo. Esta constatacao — prossegue BOTELHO DE MESQUITA — e de primordial importancia para o conhecimento da natureza e dos fins do mandado de injuncao. Dela deriva a determinacao dos casos em que se pode admitir o mandado de injuncao e tambem dos objetivos que, por meio dele, podem ser alcancados”. O mandado de injuncao “[d]estina-se, apenas, a remocao da obstaculo criado pela omissao do poder competente para a norma
regulamentadora. A remocao desse obstaculo se realiza mediante a formacao supletiva da norma regulamentadora faltante. E este o resultado pratico que se pode esperar do julgamento da mandado de injuncao. A intervencao supletiva do Poder Judiciario deve subordinar-se, porem, ao principio da independencia e da harmonia entre os Poderes (CB, art. 2º). A autorizacao constitucional para a formacao de normas supletivas
nao importa permissao ao Poder Judiciario para imiscuir-se indiscriminadamente no que e da competencia dos demais Poderes. Trata-se apenas de dar remedio para omissao do poder competente. Para que tal omissao se configure, e preciso que norma regulamentadora nao tenha sido elaborada e posta em vigor no prazo constitucional ou legalmente estabelecido, quando houver, ou na sua falta, no prazo que o tribunal competente entenda razoavel. Antes de decorrido tal prazo nao ha que falar em omissao do poder competente, eis que a demora se incluira dentro da previsao constitucional e assim tambem a provisoria impossibilidade do exercicio dos direitos, liberdades ou prerrogativas garantidos pelo preceito ainda nao regulamentado. O que e danoso para os direitos, liberdades e prerrogativas constitucionais nao e a demora, em si mesma considerada, mas a demora incompativel com o que se possa ter como previsto e programado pela Constituicao. […] O cabimento do mandado de injuncao pressupoe, por isto, um ato de resistencia ao cumprimento do dispositivo constitucional, que nao tenha outro fundamento senao a falta de norma regulamentadora. […]
O conteudo e os efeitos da decisao que julga o mandado de injuncao, e bem assim os efeitos do seu transito em julgado, devem ser estabelecidos a partir de uma clara determinacao do escopo do mandado de injuncao exatamente o que falta no texto constitucional. Pelo que do dispositivo constitucional consta, sabe-se quando cabe o mandado de injuncao, mas nao se sabe para o que serve; sabe-se qual o problema pratico que visa a resolver, mas nao se sabe como devera ser resolvido. […]
O que cabe ao orgao da jurisdicao nao e, pois constranger alguem a dar cumprimento ao preceito constitucional, mas, sim, suprir a falta de norma regulamentadora, criando, a partir dai, uma coacao da mesma natureza daquela que estaria contida na norma regulamentadora. O ilicito constitucional (o ato anticonstitucional) e algo que so podera existir depois de julgado procedente o mandado de injuncao e, por isto, nao constitui materia que possa ser objeto de decisao no julgamento do proprio mandado. Fixados estes limites desponta o problema da compreensao da hipotese da norma que sera supletivamente formulada pelo tribunal. Devera ela regular apenas o caso concreto submetido ao tribunal, ou abranger a totalidade dos casos constituidos pelos mesmos elementos objetivos, embora entre sujeitos diferentes? Dentre essas alternativas, e de se optar pela ultima, posto que atividade normativa e dominada pelo principio da isonomia, que exclui a possibilidade de se criarem tantas normas regulamentadoras Início da Página Pdf n.º 78 de 192 diferentes quantos sejam os casos concretos submetidos ao mesmo preceito constitucional. Tambem aqui e preciso ter presente que nao cumpre ao tribunal remover um obstaculo que so diga respeito ao caso concreto, mas a todos os casos constituidos pelos mesmos elementos objetivos”.

16.A mora, no caso, e evidente. Tra ta-se, nitidamente, de mora incompativel com o previsto pela Constituicao do Brasil no seu artigo 40, § 4º.

17.Salvo a hipotese de — como observei anteriormente2, lembrando FERNANDO PESSOA — transformarmos a Constituicao em papel “pintado com tinta” e aplica-la em “uma coisa em que esta indistinta a distincao entre
nada e coisa nenhuma”, constitui dever-poder deste Tribunal a formacao supletiva, no caso, da norma regulamentadora faltante.

18.O argumento de que a Corte estaria entao a legislar — o que se afiguraria inconcebivel, por ferir a independencia e harmonia entre os poderes [art. 2º da Constituicao do Brasil] e a separacao dos poderes [art. 60, § 4º, III] — e insubsistente.

19.Pois e certo que este Tribunal exercera, ao formular supletivamente a norma regulamentadora de que carece o artigo 40, § 4º, da Constituicao, funcao normativa, porem nao legislativa.

20.Explico-me.

21.A cla ssificacao mais frequentemente adotada das funcoes estatais concerne aos oficios ou as autoridades que as exercem. Trata-se da classificacao que se denomina organica ou institucional. Tais funcoes sao, segundo ela, a legislativa, a executiva e a jurisdicional. Se, porem, pretendermos classifica-las segundo o criterio material, teremos: a funcao normativa — de producao das normas juridicas [= textos normativos]; a funcao administrativa — de execucao das normas juridicas; a funcao jurisdicional — de aplicacao das normas juridicas.

22.Na mencao aos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciario estamos a referir centros ativos de funcoes — da funcao legislativa, da funcao executiva e da funcao jurisdicional. Essa classificacao de funcoes estatais decorre da aplicacao de um criterio subjetivo; estao elas assim alinhadas nao em razao da consideracao de seus aspectos materiais.

23.Entenda-se por funcao estatal a expressao do poder estatal — tomando-se aqui a expressao “poder estatal” no seu aspecto material — enquanto preordenado a finalidades de interesse coletivo e objeto de um dever juridico.

24.A consideracao do poder estatal desde esse aspecto liberta-nos da tradicional classificacao das funcoes estatais segundo o criterio organico ou institucional. Nesta ultima, porque o poder estatal e visualizado desde a
perspectiva subjetiva, alinham-se a funcao legislativa, a executiva e a jurisdicional, as quais sao vocacionados, respectivamente, os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciario.

25.Afastado, contudo o criterio tradicional de classificacao das funcoes estatais, cumpre fixarmo-nos naquele outro, que conduz a seguinte enunciacao:[i] funcao normativa – de producao das normas juridicas [= textos
normativos];
[ii] funcao administrativa – de execucao das normas juridicas;
[iii] funcao jurisdicion al – de aplicacao das normas juridicas.

26.A funcao legislativa e maior e menor do que a funcao normativa. Maior porque abrange a producao de atos administrativos sob a forma de leis [lei apenas em sentido formal, lei que nao e norma, entendidas essas como
preceito primario que se integra no ordenamento juridico inovando-o]; menor porque a funcao normativa abrange nao apenas normas juridicas contidas em lei, mas tambem nos regimentos editados pelo Poder Judiciario e nos
regulamentos expedidos pelo Poder Executivo.

27.Dai que a funcao normativa compreende a funcao legislativa [enquanto producao de textos normativos], a funcao regimental e a funcao regulamentar.

28.Quanto a regimental, nao e a unica atribuida, como dever-poder, ao Poder Judiciario, visto incumbir-lhe tambem, e por imposicao da Constituicao, a de formular supletivamente, nas hipoteses de concessao do mandado de injuncao, a norma regulamentado ra reclamada. Aqui o Judiciario — na diccao de JOSE IGNACIO BOTELHO DE MESQUITA — remove o obstaculo criado pela omissao do poder competente para editar a norma
regulamentadora faltante, essa remocao realizando-se mediante a sua formulacao supletiva.

29.De resto, e ainda certo que, no caso de concessao do mandado de injuncao, o Poder Judiciario formula a propria norma aplicavel ao caso, embora ela atue como novo texto normativo.

30.Apenas para explicitar, lembro que texto e norma nao se identificam O que em verdade se interpreta sao os textos normativos; da interpretacao dos textos resultam as normas. A norma e a interpretacao do texto normativo. A interpretacao e atividade que se presta a transformar textos — disposicoes, preceitos, enunciados — em normas.

31.O Poder Judiciario, no mandado de injuncao, produz norma. Interpreta o direito, na sua totalidade, para produzir a norma de decisao aplicavel a omissao. E inevitavel, porem, no caso, seja essa norma tomada como texto normativo que se incorpora ao ordenamento juridico, a ser interpretado/aplicado. Da-se, aqui, algo semelhante ao que se ha de passar com a sumula vinculante, que, editada, atuara como texto normativo a ser
interpretado/aplicado.

32.Ademais, nao ha que falar em agressao a “separacao dos poderes”, mesmo porque e a Constituicao que institui o mandado de injuncao e nao existe uma assim chamada “separacao dos poderes” provinda do direito
natural. Ela existe, na Constituicao do Brasil, tal como nela definida. Nada mais. No Brasil vale, em materia de independencia e harmonia entre os poderes e de “separacao dos poderes”, o que esta escrito na Constituicao,
nao esta ou aquela doutrina em geral mal digerida por quem nao leu Montesquieu no original.

33.De resto, o Judiciario esta vinculado pelo dever-poder de, no mandado de injuncao, formular supletivamente a norma regulamentadora faltante. Note-se bem que nao se trata de simples poder, mas de dever-poder,ideia ja formulada por JEAN DOMAT4 no final do seculo XVII, apos retomada por LEON DUGUIT5 e, entre nos, por RUI BARBOSA6, mais recentemente por CELSO ANTONIO BANDEIRA DE MELLO7.

34.A este Tribunal incumbira — permito-me repetir — se concedida a injuncao, remover o obstaculo decorrente da omissao, definindo a norma adequada a regulacao do caso concreto, norma enunciada como texto normativo, logo sujeito a interpretacao pelo seu aplicador.

35.No caso, os impetrantes solicitam seja julgada procedente a acao e, declarada a omissao do Poder Legislativo, determinada a supressao da lacuna legislativa mediante a regulamentacao do artigo 40, § 4º, da
Constituicao do Brasil, que dispoe a proposito da aposentadoria especial de servidores publicos — substituidos.
36.Esses parametros ha o de ser definidos por esta Corte de modo abstrato e geral, para regular todos os casos analogos, visto que norma juridica e o preceito, abstrato, generico e inovador — tendente a regular o
comportamento social de sujeitos associados — que se integra no ordenamento juridico8 e nao se da norma para um so.

37.No mandado de injuncao o Poder Judiciario nao define norma de decisao, mas enuncia a norma regulamentadora que faltava para, no caso, tornar viavel o exercicio do direito da impetrante, servidora publica, a
aposentadoria especial.

38.Na Sessao do dia 15 de abril passado, seguindo a nova orientacao jurisprudencial, o Tribunal julgou procedente pedido formulado no MI n. 795, Relatora a Ministra CARMEN LUCIA, reconhecendo a mora legislativa. Decidiu-se no sentido de suprir a falta da norma regulamentadora disposta no artigo 40, § 4º, da Constituicao do Brasil, aplicando-se a hipotese, no que couber, disposto no artigo 57 da Lei n. 8.213/91, atendidos os requisitos legais. Foram citados, no julgamento, nesse mesmo sentido, os seguintes precedentes: o MI n. 670, DJE de 31.10.08, o MI n. 708, DJE de 31.10.08; o MI n. 712, DJE de 31.10. 08, e o MI n. 715, DJU de 4.3.05.

39.Na ocasiao, o Tribunal, analisando questao de ordem, entendeu ser possivel aos relatores o exame monocratico dos mandados de injuncao cujo objeto seja a ausencia da lei complementar referida no artigo 40, § 4º, da Constituicao do Brasil. Julgo parcialmente procedente o pedido deste mandado de injuncao, para, reconhecendo a falta de norma regulamentadora do direito a aposentadoria especial dos servidores publicos, remover o obstaculo criado por essa omissao e, supletivamente, tornar viavel o exercicio, pelos associados neste mandado de injuncao, do direito consagrado no artigo 40, § 4º, da Constituicao do Brasil, nos termos do artigo 57 d a Lei n. 8.213/91.
Publique-se.
Brasilia, 12 de maio de 2009.
Ministro Eros Grau
– Relator .
____________________________
1 Art. 57. A aposentadoria especial sera devida, uma vez cumprida a carencia exigida nesta Lei, ao segurado que tiver trabalhado sujeito a condicoes especiais que prejudiquem a saude ou a integridade fisica, durante 15
(quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, conforme dispuser a lei. (Redacao dada pela Lei no 9.032, de 1995)

§ 1º A aposentadoria especial, observado o disposto no art. 33 desta Lei, consistira numa renda mensal equivalente a 100% (cem por cento) do salariode- beneficio. (Redacao dada pela Lei no 9.032, de 1995).

2 Direito, conceitos e normas juridicas, Editora Revista dos Tribunais, Sao Paulo, 1.988, p. 124.

3 Vide meu Ensaio e discurso sobre a interpretacao/aplicacao do direito, 5ª edicao, Malheiros Editores, 2009, pp. 84 e ss.

4 Oeuvres de J. DOMAT, Paris, Firmin Didot Pere et Fils, 1.829, p. 362 e ss.

5 El pragmatismo juridico, Madrid, Francisco Beltran, 1.924, p. 111.

6 Comentarios a Constituicao Federal Brasileira, volume I, coligidos e ordenados por Homero Pires, Sao Paulo, Saraiva & Cia., 1.932, p. 153.

7 “Verba de representacao”, in RT 591/43, janeiro de 1.985.

8 Vide meu O direito posto e o direito pressuposto, 7ª edicao, Malheiros Editores, Sao Paulo, 2.008, p. 239.

Ligeirinho do Jardim Chove Balas,

Tira da narcóticos, " ripava um bagulho" em Manhattan….

20 de May de 2009

News Released to ligeirinho

FOR IMMEDIATE RELEASE
May 19, 2009
Contact: Erin Mulvey
Public Information Officer
Phone: 212-337-2906
NYPD Officer Arrested in Plot to Rob Manhattan Apartment to Obtain
Hidden Drug Money
MAY 19 — MANHATTAN, NY – JOHN P. GILBRIDE, Special Agent-in-Charge of the Drug Enforcement Administration’s New York Field Division (“DEA”), LEV L. DASSIN, the Acting United States Attorney for the Southern District of New York, and RAYMOND W. KELLY, Police Commissioner of the City of New York (“NYPD”), announced that SHAWN JENKINS, an NYPD officer, was arrested early this morning in Manhattan on charges of conspiring and attempting to rob an apartment in upper Manhattan to obtain approximately $900,000 that a former occupant of the apartment, a drug dealer who had been arrested and deported, had left behind. The investigation that culminated in today’s arrest was led by the NYPD’s Internal Affairs Bureau (“IAB”) in conjunction with the New York Organized Crime Drug Enforcement Strike Force (“OCDETF”).
As alleged in the Complaint unsealed on May 13, 2009 in Manhattan federal court:
During the course of several telephone calls and meetings between May 5 and May 12, 2009, JENKINS, an NYPD police officer in Manhattan, discussed with a confidential informant
(“CI”) robbing an apartment located on Broadway in upper Manhattan. JENKINS told the CI that a drug dealer, for whom he used to work as a bodyguard, used to live in the apartment and store money there. JENKINS further told the CI that the drug dealer had been arrested and deported, and had asked JENKINS to retrieve approximately $900,000 hidden under the floor in a closet in the apartment, where someone else now lived. At a meeting on May 7, 2009, JENKINS and the CI agreed that the CI would pose as a law enforcement officer, knock on the apartment door, serve an official document on the current occupant to gain entry, and then use a stun gun to immobilize the occupant. JENKINS and the CI discussed wearing disguises, including possibly raid jackets or other police clothing, and using handcuffs to secure the occupant. JENKINS also provided the CI with an official NYPD document to use to gain entry into the apartment. On May 12, 2009, JENKINS called the CI and told him he wanted to rob the apartment that night.
According to the current occupant of the apartment, there have been several attempted burglaries of the apartment since April 2008. During a burglary around July 2008, while the current occupant was on vacation, the floorboards of a closet in the apartment were ripped up. JENKINS, 41, of Manhattan, was charged with one count of conspiracy to commit a robbery affecting interstate commerce and one count of attempt to commit a robbery affecting interstate commerce. If convicted, JENKINS faces a maximum sentence of twenty years in prison and a fine of the greater of $250,000, or twice the gross gain or loss from the offense, on each charge. Mr. DASSIN praised the outstanding investigative work of the NYPD IAB and the New York OCDETF Strike Force.
The New York Organized Crime Drug Enforcement Strike Force is comprised of agents and officers of the United States Drug Enforcement Administration, the New York City Police Department, the United States Internal Revenue Service Criminal Investigation Division, the Department of Homeland Security United States Immigration and Customs Enforcement, the Federal Bureau of Investigation, and the New York State Police.
This case is being prosecuted by the Public Corruption Unit of the United States Attorney’s Office. Assistant United States Attorneys BRENT S. WIBLE and DANIEL L. STEIN are in charge of this prosecution.
The charges set forth in the Complaint are merely accusations and the defendant is presumed innocent unless and until found guilty.

Una Bella roba Mundiali

20 de May de 2009

UMA BELA PORCARIA MUNDIAL..un bel pasticcio mondo……………
(Autor: Antonio Brás Constante)

O mundo anda infestado de epidemias, entre elas podemos citar a epidemia dos noticiários sobre epidemias, as epidemias de violência e desrespeito de adolescentes contra professores, isso sem falar das epidemias que se concentram em regiões especificas, como a atual epidemia de filhos presidenciais que andam se proliferando no Paraguai. Aliás, se o presidente do Paraguai fosse um dedo, provavelmente seria aquele conhecido pela alcunha de “pai de todos”.

A histeria sobre a febre suína é tanta que até pessoas do signo de porco, no horóscopo chinês, podem acabar virando alvo de perseguições sem sentido. Em alguns lugares devem até chegar a proibir a exibição do filme: Baby, o porquinho atrapalhado. Já existem relatos de mães que andam evitando colocar seus filhos dentro dos chamados chiqueirinhos, com medo de contágios. Isto sem falar no vandalismo contra lojas de ferragens, local reconhecidamente repleto de porcas de todos os tamanhos e tipos.

Comer carne de porco até pode, mas tente não pegar o mesmo elevador que eles. Ao contrário da administração onde é importante manter o foco sempre presente, no caso das epidemias devemos evitar qualquer tipo de foco a todo custo. Até ditados antigos tais como: “agora é que a porca torce o rabo”, estão sendo atualizados para algo como: “Cuidado quando a porca tosse para o seu lado”.

Visando impedir ataques animalescos aos pobres suínos, resolveu-se trocar a denominação da moléstia para A(H1N1), deixando o nome parecido com uma placa de carro, já que presumivelmente as pessoas preferem atacar um porco indefeso a estragar um veículo emplacado. Tudo isto anda se mostrando uma bela porcaria.

A história é recheada de epidemias, a primeira foi a do pecado, que era transmitida via fruto proibido, e conforme relatos sobre o assunto, acabou contaminando 100% dos habitantes do paraíso (aproximadamente duas pessoas). O fato foi tão grave que culminou na expulsão de Adão e Eva para uma área de contenção chamada de planeta Terra, onde a epidemia se alastrou junto com a humanidade. Podemos considerar que o pecado é a doença mais antiga de toda nossa existência.

O medo maior é que as epidemias se juntem, criando novas doenças do tipo: a dengue suína, ou pior ainda, a gripe do porquinho amarelinho. Mas, com sorte poderiam surgir dessas junções, gripes benéficas, como a gripe política, por exemplo. Uma epidemia transmitida para qualquer indivíduo com falta de escrúpulos. O infectado passaria então a ter crises violentas de honestidade.

Infelizmente toda esta onde alarmante de alarmosas doenças acaba justamente desviando o foco de um dos piores (su)focos que enfrentamos, a epidemia de safadeza (corrupção, descaso, roubo, etc), que acontece não somente na política, mas em várias alas da sociedade. Uma doença que se alastra pelo mundo, sem que haja uma vacina conhecida. E a única coisa que ainda podemos fazer para contermos o seu avanço é termos a decência de não nos deixar contaminar.

E-mail: abrasc@terra.com.br

Site: recantodasletras.uol.com.br/autores/abrasc

NOTA DO AUTOR: Divulgue este texto para seus amigos. (Caso não tenha gostado do texto, divulgue-o então para seus inimigos).

NOVA NOTA DO AUTOR (agora com muito mais conteúdo na nota): Caso queira receber os textos do escritor Antonio Brás Constante via e-mail, basta enviar uma mensagem para: abrasc@terra.com.br pedindo para incluí-lo na lista do autor. Caso você já os receba e não queira mais recebe-los, basta enviar uma mensagem pedindo sua retirada da lista. E por último, caso você receba os textos e queira continuar recebendo, só posso lhe dizer: “Também amo você! Valeu pela preferência”.

ULTIMA NOVA NOTA DO AUTOR: Agora disponho também de ORKUT, basta procurar por “Antonio Brás Constante”.