Archive for the ‘Polícia’ Category

REESTRUTURAÇÃO DA POLÍCIA CIVIL DE SÃO PAULO…Abra o link abaixo

26 de March de 2011


https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=explorer&chrome=true&srcid=0B4_xFFS8WBLZOTdjZDEzNDMtNmY4OS00MjQxLThiNjAtNTQxMmVlNzM1ZWNl&hl=pt_BR&authkey=CLvIiPAC

LIGEIRINHO DO JARDIM CHOVE BALAS . Senta a pua, desça a lenha: Comente este post ou dê um link do seu site.

DIA DAS MÃES E A POLÍCIA

10 de May de 2009

Hoje, 10 de maio, é o Dia das Mães.
Famílias se reunem, em festa, para homenagear aquelas que lhes deram origem. Na maior parte das vezes, são reuniões alegres, parentes se reencontram, colocam as fofocas em dia…

Ao mesmo tempo, é um dia de tristeza para um grupo muito específico de mães: aquelas que perderam seus filhos, maridos ou netos policiais, por eles combaterem a criminalidade.

Me recuso a contar quantas comunicações de policiais covardemente assassinados publiquei neste blog desde que ele entrou no ar. Fosse apenas um, ainda assim seria demais.

Nós, colegas daqueles que morreram, sentimos o pesar da perda, com maior ou menor intensidade, conforme a nossa proximidade com o colega. Mas não consigo sequer imaginar o que sente uma Mãe, Avó ou Esposa ao saber que aquele a quem ama perdeu a vida pelo simples fato de ser Policial, ou por estar executando o seu trabalho.

O risco é inerente à profissão. Mas não é possível que aceitemos passivamente que tantas mulheres sofram tamanha dor por causa da absoluta inépcia dos que deveriam cuidar da Segurança Pública no Estado de São Paulo. A começar pelo próprio Governador, para quem somos nada além de números que representam despesas a serem controladas. Para quem o PCC não existe. Para quem Policial e Dignidade são antônimos.

O mais sábio de todos disse que “não existe amor maior que dar a vida por um amigo”. Eu digo que “não existe amor maior que dar a vida por um desconhecido”.

É por isso que hoje, DIA DAS MÃES, rendo as minhas homenagens àquelas mulheres que, ao perderem um ente amado na luta contra o crime e por uma sociedade melhor, não podem comemorar este dia com a mesma felicidade que todas as outras mães.

Flávio Lapa Claro
Investigador de Polícia
DAS/DEIC

CONTOS DA DELEGACIA BRASIL

17 de January de 2009


(Autor: Antonio Brás Constante)

– Alô? Aqui é da Delegacia Brasil, policial Farrapos falando.

– Socorro! Ladrões estão tentando arrombar a minha casa.

– Nossa que horror. Acabei de atender outro cidadão que tinha o mesmo problema da senhora. Que mundo violento…

– Olha, preciso de uma viatura aqui e agora!

– Infelizmente não posso lhe ajudar. É que a única viatura que temos está estragada. E mesmo que funcionasse, faz tempo que o tanque dela está vazio. Mas o pior é que como não temos garagem aqui, a viatura tem que ficar na rua. A senhora acredita que outro dia roubaram as rodas dela? Hoje em dia não respeitam nem a policia…

– O senhor tem que me ajudar! Mande os policiais de táxi então. Eu pago.

– Mandaria, se houvesse outros policiais, mas com os cortes públicos na área de segurança, eu sou o único policial de plantão aqui hoje aqui. E se abandonar meu posto, quem vai atender as ocorrências?

– Mas, o que eu faço então?

– A senhora já tentou acender a luz e fazer barulho? Muitos meliantes fogem quando percebem que tem pessoas em casa. Ou tente negociar com eles, quem sabe se a senhora der alguma colaboração, eles não desistem do assalto?

– O senhor é um louco?! Vou negociar com eles sim. E dizer para irem até aí, assaltar o senhor e levarem a sua arma, Que pelo visto não serve para nada mesmo.

– A única arma que eu tinha, doei para a campanha do desarmamento, pois estava enferrujada e sem munição. Com esta atitude espero estar fazendo a minha parte para um mundo menos violento. Se lhe serve de consolo, alguns meliantes já vieram aqui e levaram tudo que tinha na delegacia. Só sobrou um banquinho que trouxe de casa, e este telefone velho, que de tão velho foi deixado para trás.

– Ao menos então anote a ocorrência, para que eu possa acionar o seguro depois.

– Como lhe disse antes, aqui não tem nada além do banquinho e do telefone. Não tenho caneta, minha senhora. E o único papel que eu tinha, tive que utilizar em uma emergência estomacal, lá no banheiro.

– Meu Deus! Eles entraram! Alô? Alô? Policial?

– [Esta é uma gravação, o telefone para o qual ligou, acaba de ser cortado por falta de pagamento. ‘CLICK’]

E-mail: abrasc@terra.com.br

Site: http://www.recantodasletras.com.br/autores/abrasc

NOTA DO AUTOR: Divulgue este texto para seus amigos. (Caso não tenha gostado do texto, divulgue-o então para seus inimigos).

NOVA NOTA DO AUTOR (agora com muito mais conteúdo na nota): Caso queira receber os textos do escritor Antonio Brás Constante via e-mail, basta enviar uma mensagem para: abrasc@terra.com.br pedindo para incluí-lo na lista do autor. Caso você já os receba e não queira mais recebe-los, basta enviar uma mensagem pedindo sua retirada da lista. E por último, caso você receba os textos e queira continuar recebendo, só posso lhe dizer: “Também amo você! Valeu pela preferência”.

ULTIMA NOVA NOTA DO AUTOR: Agora disponho também de ORKUT, basta procurar por “Antonio Brás Constante”.

LIGEIRINHO DO JARDIM CHOVE BALAS

QUALQUER SEMELHANÇA COM FATOS OU PESSOAS DA VIDA REAL, OU DE UMA POLICIA DE VERDADE, NÃO É MERA COINCIDÊNCIA…ACREDITE ESTE É UMA AMOSTRA DO FUTURO, NÃO MUITO DISTANTE…,NA VERDADE BASTANTE PRÓXIMO…PODEM APOSTAR.

ALMANAQUE – INVESTIGADOR DE POLÍCIA

21 de November de 2008

ALMANAQUE – INVESTIGADOR DE POLÍCIA

Atendendo a pedidos, estou disponibilizando a Lista nominal dos integrantes da carreira de Investigador de Polícia com contagem de tempo de serviço líquido, apurado em dias, até 29/2/2008, com indicação do tempo de efetivo serviço na Classe, Carreira e Serviço Público, para fins de promoção, de conformidade com a LC 675/92 (ALMANAQUE – Publicado no DO de 04/03/2008) – em http://otira.wordpress.com/almanaque-04032008/.

Abraços

Flávio Lapa Claro
Investigador de Polícia
DAS/DEIC

OS ÚLTIMOS SUSPIROS DO MORIBUNDO

29 de October de 2008

OS ÚLTIMOS SUSPIROS DO MORIBUNDO

Durante os estágios efetuados ao longo do meu curso de graduação em enfermagem fui obrigado a presenciar a morte de algumas pessoas. Depois de algumas dessas experiências desagradáveis, mesmo com a reduzidíssima sabedoria de estagiário de enfermagem passei a perceber com alguma antecedência que este ou aquele paciente não duraria mais muito tempo. Em alguns casos é muito fácil ver que aquele corpo está fazendo uso de toda a energia que lhe resta para se manter vivo. E é justamente o uso desta energia que traz o seu esgotamento, e, conseqüentemente, a morte.
A matéria do Estadão de hoje (28/10/2008) intitulada “Governo quer pauta única para negociar com a Polícia Civil”, disponível em: http://www.estadao.com.br/cidades/not_cid268129,0.htm , acendeu a tal da luz vermelha – sinal de perigo – que carrego embutida na minha cabeça. Primeiro fiquei indignado. São muitas mentiras juntas em um texto não tão longo. Passei o dia todo cismado com o que li. À noite resolvi fazer uma releitura, com maior atenção e calma, pois a mudança do discurso – de “não negocio com grevista” para “pauta única, mudança de itens em discussão” e outras mentiras mais – é algo que simplesmente não combina com o nosso arrogante patrão.
Achei o motivo da luz vermelha justamente no subtítulo da matéria: “Fontes do palácio afirmam que não é possível equiparar salários de alguns segmentos com o de magistrados”. Ora, essa equiparação em nenhum momento foi sequer cogitada durante todo o nosso movimento.
Mais uma vez nosso amado patrão está tentando provocar uma grande ruptura no nosso movimento. Insinua que os Delegados estão pleiteando algo separado, deixando as outras carreiras para trás.
A mim me parece exatamente um moribundo reunindo todas as suas forças para tentar sobreviver. Está jogando as últimas fichas tentando provocar a desunião. Tivesse visto o que vi ontem, na Praça da Sé, saberia que essa alternativa não existe mais. Estamos unidos, e unidos permaneceremos. Mas, como todo bom político, já preparou uma saída “honrosa”, acenando com a possibilidade de uma negociação, desde que cumpridas algumas condições. Bate e beija.
Senhor Governador, infelizmente para o Senhor, o jogo agora não lhe permite mais impor condições. Quem dá as cartas somos nós. E as negociações, quando acontecerem, serão de acordo com as nossas regras. O senhor teve todas as oportunidades, e não as aproveitou.
A minha proposta para o comando de greve é que não seja aceita qualquer proposta de negociação sem que as seguintes condições sejam satisfeitas:
1 – A retirada dos projetos de lei enviados para a ALESP, para – agora sim – NEGOCIAÇÃO, e posterior reenvio com todas as correções necessárias;
2 – A substituição do Secretário da Segurança Pública e do Delegado Geral de Polícia (a permanência deles no cargo é uma impossibilidade política);
3 – O reconhecimento do Comando de Greve, integrado por um representante de cada uma das entidades de classe, como legítimo representante dos Policiais Civis do Estado de São Paulo;
4 – Que as negociações sejam feitas entre o Governador e todos os integrantes do Comando de Greve, sem intermediários, com a presença do Presidente da OAB para ser testemunha das conversações (infelizmente, por motivos óbvios, uma testemunha se tornou algo indispensável);
5 – Que seja assumido publicamente compromisso formal de que nenhuma retaliação será feita contra os Policiais Civis tendo como causa esse episódio.

Satisfeitas essas condições, aí sim poderemos pensar em utilizar o desfibrilador para tentar ressucitar o moribundo. Mas só o usaremos efetivamente quando nossas condições forem aceitas.

Abraços a todos, e até a vitória final

Flávio Lapa Claro
Investigador de Polícia
DAS/DEIC

RECIPROCIDADE

28 de October de 2008

SUGESTÕES PARA O TRATO COM A IMPRENSA

Preciso perder o hábito. Ao final de cada manifestação do nosso movimento, chego em casa e acabo com as pilhas do controle remoto da TV tentando avaliar a repercussão da manifestação na mídia. Hoje (27/10/2008), mais uma vez, o comum se repetiu: quem noticiou a manifestação preferiu informar que o trânsito ficou complicado por nossa causa. Exceção, por incrível que pareça: SPTV. O destaque foi para um desentendimento causado por alguns motoboys que tentaram furar a passeata e foram devidamente reprimidos por colegas que se sentiram ameaçados.
Querem é sangue. Não lhes importa a verdade. Se a meganha estivesse na rua com gás e anti-motim, com certeza nossa manifestação teria destaque em toda a mídia.
Creio que devamos tomar uma atitude a esse respeito.
Quem é, entre nós, que nunca atendeu a um telefonema, às duas da madruga, originado deste ou daquele órgão da imprensa, perguntando se havia novidades? Eles dependem de nós para terem a notícia. Sem a nossa participação, alguns programas do estilo do Brasil Urgente não sobreviveriam. Alguns jornais, idem.
Minha sugestão é que as entidades representativas façam uma classificação dos órgãos de imprensa, em cada região do estado, usando os seguintes critérios:
TIPO I – Órgão da imprensa cuja linha editorial apóia nosso movimento;
TIPO II – Órgão da imprensa cuja linha editorial é neutra, mostrando a realidade do que acontece e ouvindo os dois lados, sem apoiar nenhum;
TIPO III – Órgão da imprensa que só tomou conhecimento do movimento quando houve o confronto com a PM (Caso do Brasil Urgente, por exemplo), não tendo noticiado o movimento antes nem depois daquele fato;
TIPO IV – Órgão da imprensa cuja linha editorial é francamente favorável à posição do Governador e, conseqüentemente, contrária à nossa posição.
Feita esta classificação, que TODOS os policiais sejam orientados a:
I – Só informarem sobre feitos da Polícia aos órgãos da imprensa classificados como tipo I ou II;
II – Não passarem qualquer informação sobre feitos da Polícia aos órgãos da imprensa dos tipos III e IV, sugerindo que para a obtenção da informação seja procurada a assessoria de imprensa da SSP:
III – No caso de necessidade de se dar qualquer entrevista aos órgãos da imprensa dos tipos III e IV, seja por determinação superior, seja por interesse de divulgação do caso para possível elucidação do mesmo, a primeira parte da entrevista deverá ser uma explicação sobre o nosso movimento. Se após a entrevista essa parte não for ao ar, condenar definitivamente aquele órgão da imprensa, se recusando a receber os seus representantes, a não ser para entrevistas ao vivo, quando o entrevistado exporá os detalhes dos motivos da greve.
IV – Informar aos órgãos de imprensa que esse procedimento será mantido mesmo depois do término da greve, não importando o resultado da mesma.
Em sendo aceita a sugestão, os Sindicatos e Associações deverão divulgar amplamente a decisão, entre os seus representados e para a imprensa, e, se os respectivos estatutos assim o permitirem, fiscalizar aqueles que agirem de forma diferente da recomendada, tomando as providências cabíveis (conselhos de ética, divulgação entre seus pares, etc.).

Abraços a todos, e até a vitória final.

Flávio Lapa Claro
Investigador de Polícia.
DAS/DEIC

Serra dá pinote da polícia de Bauru

25 de October de 2008



Serra enfrenta protesto de policiais em Bauru
Publicidade
da Agência Folha
da Folha de S.Paulo

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), enfrentou ontem um protesto de policiais civis em Bauru (343 km de SP) e teve que interromper, ainda no início, uma caminhada em apoio ao candidato tucano à prefeitura da cidade.

Policiais civis estão em greve desde 16 de setembro. Eles prometem para segunda-feira um grande ato em São Paulo.

Um dos manifestantes chegou, ontem, a colocar o dedo em riste no rosto do governador. O Palácio dos Bandeirantes e a entidade informaram acreditar que esse manifestante não seja policial.

O protesto ocorreu no final da tarde de ontem. Quando Serra caminhava com o candidato tucano Caio Coube, foi seguido por cerca de 80 manifestantes com apitos e cornetas.

Diego Padgurschi/Folha Imagem

Policias civis realizam ato na Assembléia Legislativa de São Paulo e vaiam deputados; categoria está em greve há mais de um mês
Segundo a assessoria de Serra, só um dos manifestantes o interpelou, de forma cordial, pelo reajuste salarial. Ele teria dito que mandou os projetos à Assembléia e que tenta melhorar a situação da categoria.

Os projetos prevêem dois reajustes salariais de 6,5%, em janeiro e em 2010. Os policiais querem 15% de reajuste imediato, mais duas parcelas anuais de 12% e aumento nas incorporações.

Gás de pimenta

Após Serra deixar o local, houve início de tumulto entre simpatizantes de Coube e os policiais. O empurra-empurra só terminou quando foi jogado gás de pimenta. A Secretaria da Segurança Pública não soube informar quem jogou o gás.

A assessoria informou que Serra só deixou a caminhada porque tinha outros compromissos e não viu o tumulto. O manifestante mais “hostil”, segundo assessores, pedia para o governador “aceitar Jesus”.

Segundo o delegado sindical Márcio Cunha, a “manifestação pacífica” contou com policiais em férias e alguns sindicalistas.

De acordo com ele, o governador, logo no primeiro quarteirão de caminhada, ficou incomodado com a pressão dos manifestantes e foi embora sem cumprir a programação.

Nesse momento, os tucanos, que na cidade enfrentam o peemedebista Rodrigo Agostinho, teriam ficado irritados com os policiais porque perderam a chance de ganhar votos com a presença do governador.

Já o comitê de campanha de Coube diz que não houve tumulto e que o gás de pimenta foi jogado por alguém possivelmente ligado aos manifestantes. Ana Cláudia Travassos, coordenadora de uma das equipes do comitê, foi atingida.

Além dela, crianças e duas colegas do comitê foram levadas ao pronto-socorro, mas não houve feridos. Ela não soube identificar de onde veio o gás. O delegado Cunha nega que os policiais civis tenham jogado gás de pimenta porque “macula o movimento de greve”.

Segundo Cunha, o ato ocorreu “sem ofensas”, mas irá apurar “algum fato isolado”.

OS NÚMEROS DO GOVERNADOR

25 de October de 2008



OS NÚMEROS DO GOVERNADOR

Dizem que a matemática é uma ciência exata. O resultado da soma de dois e dois sempre será quatro. Essa afirmação forma a principal base da sociedade atual. É a única certeza universal, além da morte.
Não fosse a exatidão da matemática, o computador seria algo inimaginável. A Lua, um satélite inalcançável. A Economia não existiria como a conhecemos. Talvez meu saldo bancário nem entrasse no vermelho num ou noutro mês…
Mesmo com toda essa exatidão o Homem consegue jeitos de obter resultados diferentes partindo dos mesmos dados. Interpretação, dizem uns… Manipulação, dizem outros.
No caso dos cálculos apresentados pelo Governo do Estado de São Paulo como base de sua argumentação para o não atendimento das nossas reivindicações, eu diria que há diferenças de interpretação, manipulação e até mesmo ocultação.
A notícia publicada hoje no Globo.com (disponível em:
http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL836088-5598,00-GOVERNO+MUDA+REGRA+DE+VALEREFEICAO+PARA+POLICIAIS+CIVIS.html ) é clara demonstração que o governo peca na interpretação dos dados, os manipula e, até mesmo, os oculta. Interpreta errado quando não analisa TODOS os fatores envolvidos nesta ou naquela proposta de índice de reajuste. Manipula, quando afirma que o impacto no orçamento causado pelo atendimento das reivindicações será este ou aquele valor, mas não diz que esse impacto se dará ao longo de anos; quando não admite que o superávit causado pelo excesso de arrecadação permite não só o atendimento a todas as nossas reivindicações, com folga, como também deixaria um lastro razoável para atendimento de reivindicações de outros setores do funcionalismo público estadual, sem qualquer infração à Lei da Responsabilidade Fiscal; oculta, ao deixar de incluir nos valores TODAS as variáveis que compõem os vencimentos de cada policial.
Mas não importam as táticas por ele utilizadas. O problema que enfrentamos é a manifesta falta de vontade de minimizar os problemas da Segurança Pública e proporcionar aos Policiais Civis condições mínimas de uma vida digna.
Houvesse essa vontade, a interpretação e a manipulação dos números certamente existiriam, mas em um sentido totalmente diferente.
Ao reconhecer – segundo aquela reportagem – que graças ao “esquecimento” da existência do vale-coxinha (R$ 4,00 – aproximadamente 20 unidades por mês), um número significativo de policiais poderia ter um reajuste NEGATIVO, o Governo demonstrou sua incapacidade – ou falta de vontade – de fornecer números corretos para embasar as suas propostas.
Há que se reanalisar todos os números envolvidos – apresentados ou não pelo Governo – para que se confirme que a Matemática é uma ciência exata.

Flávio Lapa Claro
Investigador de Polícia
DAS/DEIC

O POLÍCIAL

24 de August de 2008

O Policial

João Pantaleão Gonçalves Leite

Há gente que não sabe o que a polícia significa.
Por maldade a critica sem conhecer a verdade,
E nesta oportunidade, parafraseando os doutores,
A polícia, meus senhores, é o Exército da sociedade;

Para vos dar o sossego, lutamos de fronte erguida,
Arriscando as nossa vidas, para proteger as vossas,
E gente ainda faz troças, quando somos pisoteados,
Dão razão ao renegados, das razões que eram nossas;

Essas gentes erram senhores!
Quando não erram se enganam,
Pois errar é coisa humana,
Quando o engano não vem, se o policial errar também,
Há sempre alguém que o entrega e finge que não enxerga
Quando ele pratica o bem;

Somos aquele alvo humano, das armas dos delinqüentes,
Estamos sempre no combate contra o mal,
Somos a guarda social desta batalha renhida,
Arriscar a própria vida é o lema do policial;

O policial que é casado, não vive para a família,
Sem poder ao filho ou a filha dar um pouco de carícia,
Do lar não colhe delícia, por que na cidade ou no morro
Há sempre um grito de socorro chamando a polícia;

Quando sai em diligência, despede-se dos filhos seus
“Vai com Deus papai, vai com Deus”, lhe diz o filho querido,
Depois, então tem se lido em manchete de jornal,
Foi morto um policial prendendo um foragido;

Tristonho o filho pergunta a sua mamãezinha que chora,
“por que meu pai demora?, estou com saudades demais,
Quero expandir os meus ais com um forte beijo em sua testa,
Pra depois cantar a festa a linda canção dos pais”;

“Sim filho, meu filho adorado, hoje é dia dos pais, mas o teu não volta mais,
Você tem que compreender, é triste mas vou dizer,
O teu pai minha flor querida, ontem perdeu a vida no cumprimento do dever”;

E o filho nada entende, do que a mamãezinha lhe diz, continua bem
Feliz esperando o amado pai,
O sol desmaia, a noite cai e venta muito, é mês de outono,
E o pequeno sente o sono, e o bercinho lhe atrai;

Noutro dia bem cedinho, faz perguntas sem receio, “mamãe, papai já veio?”
Mas de repente se cala, esmorece, perde a fala, ao ver o pai do
Coração, de mãos postas num caixão sobre a mesinha da sala;
Neste momento compreende, ao ver a sala tão triste,
Seu peitinho não resiste, dos olhinhos rola o pranto,
Pois o pai que o queria tanto lhe deixou na solidão,
Foi cumprir outra missão, com destino ao campo santo;

E o pequeno fica tristonho com os olhos rasos d’água,
Fica enxugando sua mágoa que um delinqüente causou,
A herança que lhe restou foi uma placa com gravura,
“Honra ao Mérito por Bravura que o próprio tempo gravou;

E hoje com sua mãe nos dedinhos vai contando,
Os anos que vão passando
E o tempo que o pai morreu, do mesmo não esqueceu,
Conta dez, conta onze e aquela placa de bronze
Nunca um abraço lhe deu;

Venhamos a outra face em que meu nome figura,
É sem placa, sem gravura,
Não tombei porque Deus não quis,
Senhores, aquilo que fiz, foi sem rancor, sem maldade,
Para dar paz a sociedade eu tive um golpe infeliz;

Numa noite negra e fria, chovia torrencialmente,
Fui chamado de repende para atender uma ocorrência,
Deixei com paz e paciência o mundo alto que dormia,
Quando o baixo se divertia nos vapores da violência;

Procurando manter a ordem, fui em busca de um delinqüente,
Que furioso, violentamente, quis roubar a vida minha,
Mas a sua dorte foi mesquinha, não completou o arremate,
E eu, para não ficar no combate, usei dos meios que tinha;

Veja meus senhores, a situação que fiquei,
Contra a vontade matei para salvar a minha vida,
E desta luta renhida, recebi como troféu,
Tormento no banco de réu, julgado por homicida;

Mas diante de sete homens, foi revivido o meu drama,
E Deus, o Pai Divino que ama, iluminou mente por mente
E perante o povo presente, guiou o desfecho final,
E num silêncio total ouve-se o magistrado:
“Declaro o réu inocente”;

E sendo assim, eu peço a Deus que apague o que aconteceu
E faça mais do meu eu, um policial de retovo,
Que diga Ele de novo,
À grande massa social, que o braço do policial,
É a segurança do povo. diligência