Archive for October, 2008

QUE NEGÓCIO É ESSE ??????????

31 de October de 2008


TENTEI ACESSAR O FLIT PARALISANTE E RECEBI O SEGUINTE AVISO:
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O blog foi removido
Desculpe, o blog em flitparasilante.blogspot.com foi removido. Esse endereço não está disponível para novos blogs.

Esperava encontrar seu blog aqui? Veja: ‘Não consigo achar o meu blog na web. Onde ele está?’
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CENSURA ??? PRESSÃO SOBRE O DR. GUERRA ???
ALGUÉM SABE O QUE ACONTECEU ???

LEALDADE x INTEGRIDADE

31 de October de 2008


LEALDADE x INTEGRIDADE

Semana passada escrevi um artigo denominado “LIÇÕES DE POLÍTICA PARTIDÁRIA”, onde tecia alguns comentários sobre o voto nulo e alguns fatos ocorridos na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo. O Dr. Guerra, muito gentilmente, o publicou no seu blog FLIT PARALISANTE (http://flitparasilante.blogspot.com), pelo que muito agradeço.
Mesmo correndo o risco de ser repetitivo, ouso voltar a esse assunto, pois me fascinam as alterações ocorridas nos conceitos e comportamento das pessoas quando envolvidas em política partidária. Como no artigo anterior usei como exemplo o nobre deputado Fernando Capez, não vejo motivo para ampliar o leque. Que o Capez me perdoe, mas vou utilizá-lo novamente para embasar minha teoria.

Afirmei, naquele artigo, que anulo meu voto por não encontrar candidato ou partido que o mereça.
Na realidade, o problema é bem mais abrangente que o programa de tal ou qual partido, que as propostas apresentadas por este ou aquele candidato. Trata-se do sistema político brasileiro.
Quando o cidadão vota em algum candidato, o faz, em teoria, porque julga que o comportamento, as convicções e a ideologia daquele candidato reúnem as condições necessárias para que, uma vez eleito, expresse as necessidades e vontades do seu eleitor. No entanto, o que vemos é que isso raramente acontece. Tão logo o candidato eleito toma posse, seu comportamento, suas convicções e sua ideologia são substituídas pelos interesses do partido político pelo qual concorreu à eleição.
Não queria estar na pele do Fernando Capez. Por mais que eu o admire pelos seus incontestáveis conhecimentos jurídicos, pela sua oratória, pela sua memória fantástica, pela empatia que desperta nas pessoas, a posição em que ele se encontra no momento atual é extremamente difícil.
Ontem (30/10/2008), na audiência pública patrocinada pela Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP), que teve como objetivo o “esclarecimento” dos senhores deputados sobre a crise na Segurança Pública por que passa o Estado, ele tentou justificar sua posição diante das nossas reivindicações. Após enumerar diversas iniciativas por ele tomadas em benefício da Polícia Civil do Estado de São Paulo – como, por exemplo, o vale-paletó, a autorização para carteirar os ônibus intermunicipais, entre outras – fez um belo discurso sobre trairagem, lealdade, princípios…e para finalizar declarou sua lealdade ao partido que o acolheu.
Imagino os diálogos entre o bem e o mal que ocorreram em sua cabeça antes de tomar essa decisão.
O ANJINHO: Um dia jurei defender as leis e fazer com que elas fossem cumpridas.
O DIABINHO: Devo ser leal ao partido, não importa se o Governador cumpre ou não a lei…
O ANJINHO: Cumpri com a minha obrigação legal, ética e moral quando acabei com as torcidas organizadas.
O DIABINHO: Mas se o fato do Governador receber um chefe de torcida organizada, enquanto manda a Tropa de Choque atacar os Policiais Civis, trouxer vantagens para o Partido, devo agradecer o apoio recebido daquela torcida organizada e até mesmo reconhecer que as torcidas organizadas merecem mais respeito, por parte do Governador, que os Policiais Civis.
O ANJINHO: Meus eleitores votaram em mim devido aos princípios legais, morais e éticos que sempre demonstrei durante minha vida pública.
O DIABINHO: Mas agora você já está eleito…o que importa se o Governador, que é do seu partido, não cumpre a lei? Você deve lealdade é ao partido…Esqueça as leis, adote a ética do partido e cumpra os seus mandamentos… Afinal, o quê seus eleitores pensam que são, para ousarem cobrar algum posicionamento de sua parte que vá contra aquilo que o partido diz que é certo?

Acho que foi a escolha mais difícil da vida dele. Mas sua escolha foi feita e ele a assumiu em público.

Assim é a Política Partidária: faz pessoas decentes agirem e se posicionarem de forma totalmente contrária aos princípios e convicções demonstrados até serem eleitos, princípios e convicções esses que convenceram os eleitores que seriam bem representados por aquele então candidato.

Lealdade não significa submissão. Lealdade não significa apoiar os erros. Lealdade não significa ignorar as infrações à Lei. Lealdade não significa contrariar os próprios princípios. Esse conceito distorcido de Lealdade faz com que as pessoas renunciem à sua integridade pessoal, ética e moral.
É isso que a política partidária faz com as pessoas – mesmo com as melhores, como é o caso do Capez. Distorce os seus conceitos em nome do Poder. Fazem com que se esqueçam das vontades e necessidades de seus eleitores, e as razões pelas quais foram eleitos. Levam-nos a compactuar com o não cumprimento das leis.

É por isso que continuarei anulando meu voto. Enquanto o sistema político brasileiro não sofrer profundas alterações, votar em alguém ou em algum partido representará, necessariamente, profundo arrependimento e amarga decepção.

Flávio Lapa Claro
Investigador de Polícia
DAS/DEIC

31 de October de 2008


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Parabéns, colega policial, pelo blog, mais um a serviço da nossa classe, onde se poderá denunciar, comentar, criticar, sugerir, dando contribuição para que um dia a nossa Polícia Civil se transforme na instituição que sonhamos.
Que seja atuante e siga o caminho do blog do meu prezado colega Dr. Roberto Conde Guerra, o FLIT PARALISANTE, que hoje é um canal de informação e denúncias dos mais lidos pela classe policial paulista.
Temos outros blogs de policiais de outros Estados, que também contribuem muito para melhorar a comunicação entre os colegas e mostrar à sociedade aquilo que a imprensa não pode publicar, não esqueçamos que os governos são grandes anunciantes e a mídia é composta de empresas cujo resultado final é o lucro.
Antes de ter sido escrivão, depois delegado, sou jornalista profissional, profissão que me orgulha pertencer mas que, como qualquer outra, tem também seus defeitos. Mas o jornalista independente e correto é uma peça importante para a democracia.
Abraço e sucesso para o blog, onde eventualmente poderei colaborar com algum assunto de interesse geral da nossa classe policial.
Antonio Claudio Soares Bonsegno
Delegado de Polícia aposentado
Advogado e Jornalista em Santos

Secretário de Segurança, o… > > Como é mesmo o nome dele?

30 de October de 2008


E-MAIL

Sent: Thursday, October 30, 2008 10:31 AM
Subject: FOLHA DE SÃO PAULO – 30/10/2008* *- PAGINA A2*

>
> > Jornalista: ELIANE CANTANHÊDE
>
> > CARA A TAPA
>
> > *BRASÍLIA *- Vencida a guerra da eleição, José Serra deveria enfrentar com
> > igual ânimo uma outra batalha: a greve da Polícia Civil, que já dura mais de
> > mês, pode piorar muito e se prolongar por um bom tempo, alastrar-se por pelo
> > menos oito Estados e desabar no Congresso.
> > Está tramitando um projeto para equiparar os salários de policiais e
> > promotores. O inicial de uns é de pouco mais de R$ 4.000,00, e de outros
> > bate em R$ 18.000. A emenda é dessas que não passam, mas dão um suadoro
> > danado.
> > A CUT e o PT aproveitaram o movimento e o embalo das eleições e das
> > dificuldades de Marta Suplicy para tentar sitiar o Palácio dos Bandeirantes.
> > Serra não só jogou a Polícia Militar contra a Civil, como tirou uma
> > lasquinha ao denunciar na TV a motivação política.
> > Mas a eleição passou, e a situação não pode continuar como está, até
> > com foto de policial estapeando motoqueiro. Negociação já!
> > Os policiais reclamam que recebem o menor salário da categoria em todo
> > o país e exigem 15% de aumento agora, mais 12% em 2009 e mais o mesmo
> > percentual em 2010.
> > A contraproposta de Serra, de 6,5% em janeiro de 2009 e mais 6,5% em
> > 2010, pode até ser justa e razoável – talvez seja, talvez não -, mas o
> > principal é que ela chegou tarde, com os ânimos exaltados e contaminados
> > pelo confronto PT-PSDB.
> > Não deixa de ser curiosa a ausência do Secretário de Segurança, o…
> > Como é mesmo o nome dele? Até a defesa e o ataque via imprensa quem
> > assume é a Secretaria de Gestão Pública. E Serra ficou na linha de frente,
> > numa batalha em que não há vitória, mas pode haver derrota.
> > Ele deixou a coisa ir longe demais, e ela está fora de controle.
> > Confronto de gente armada nas ruas é bem diferente de uma
> > queda-de-braço política “com esse pessoal da CUT e do PT”. E pode se
> > repetir.
> > Os Delegados não têm cara no meio da multidão grevista, e a cara que
> > está a tapa não é deles nem de motoqueiro. É a do próprio Serra.

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Ligeirinho do Jardim Chove Balas

É O RABO ABANANDO O CACHORRO!!!

30 de October de 2008

COMPLETO ABSURDO – ONDE ESSE ESTADO VAI PARAR?

Não, não é erro de grafia. O Governador Serra, recebeu POR DUAS HORAS em seu gabinete, Paulo Serdan, presidente da Mancha Verde, IMPORTANTE E RELEVANTE REPRESENTANTE DA SOCIEDADE PAULISTA, CUJA PESSOA LUTA EM FAVOR DA VIOLÊNCIA E INCENTIVO AO TERRORISMO ENTRE TORCEDORES, dentro e fora dos estádios.
Serra recebe em seu gabinete aquele que incentiva a violência, mas nega-se a receber nesse mesmo MOMENTO aqueles que protegem a sociedade e combatem o crime: OS POLICIAIS CIVIS.

TOTAL INVERSÃO DE VALORES, É O RABO ABANANDO O CACHORRO!!!

É PRECEDENTE PERIGOSO E GRAVE À DEMOCRACIA DO BRASIL E DO ESTADO DE SÃO PAULO.

O que dizer do encontro de duas horas do Governador José Serra com integrantes da diretoria da torcida uniformizada Mancha Verde, em pleno Palácio dos Bandeirantes, conforme informou a Rádio Jovem Pan, sendo que há exatamente uma semana o nobre governador – que é um notório palmeirense – recusou-se a receber uma comissão de policiais civis que estão em greve?
Duas horas discutindo com representantes da “doce” Mancha Verde é o fim da picada!
Nota do Blog do Juca Kfouri: “Se você somar tudo isso à indignação que o governador José Serra causou ao receber no Palácio do Governo o violento dirigente da Mancha Alviverde, Paulo Serdan, veja que, de repente, acabou a paz em Palestra Itália. Ainda mais quando a Mancha se gabou na Internet: “Serra é palmeirense de verdade. Não recebeu a Polícia, mas recebeu a Mancha”.

NÃO É BRINCADEIRA, NEM IMPLICÂNCIA COM SERRA, É A MAIS PURA REALIDADE DO DESMANDO QUE ESTÁ VIRANDO ESTE ESTADO.
http://blogdojuca.blog.uol.com.br/

NÃO SEJAM ENGANADOS PELA MÍDIA COMPRADA
SERRA PÕE OS SERVIDORES NA MISÉRIA, A FIM DE ENGORDAR SEU CAIXA PARA A CAMPANHA PRESIDENCIAL DE 2010!!!

NÃO CAIAM NESSA!!

SERRA NUNCA MAIS!!!!

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Ligeirinho do Jardim Chove Balas

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ESOPO E A CO IRMÃ – Da familiaridade nasce o abuso

30 de October de 2008

Uma Raposa, morta de fome, viu alguns cachos de Uvas negras e maduras, penduradas nas grades de uma viçosa videira.
Ela então usou de todos os seus dotes e artifícios para alcançá-las, mas acabou se cansando em vão, pois nada conseguiu.
Por fim deu meia volta e foi embora, e consolando a si mesma, meio desapontada disse:
– Olhando com mais atenção, percebo agora que as Uvas estão estragadas, e não maduras como eu imaginei a princípio.
Autor: Esopo
Moral da História: Para uma pessoa vaidosa é difícil reconhecer as próprias limitações, abrindo assim caminho para as desventuras.

A raposa e a cegonha

A raposa e a cegonha mantinham boas relações e pareciam ser amigas sinceras. Certo dia, a raposa convidou a cegonha para jantar e, por brincadeira, botou na mesa apenas um prato raso contendo um pouco de sopa. Para ela, foi tudo muito fácil, mas a cegonha pode apenas molhar a ponta do bico e saiu dali com muita fome.- Sinto muito, disse a raposa, parece que você não gostou da sopa. – Não pense nisso, respondeu a cegonha. Espero que, em retribuição a esta visita, você venha em breve jantar comigo. No dia seguinte, a raposa foi pagar a visita. Quando sentaram à mesa, o que havia para o jantar estava contido num jarro alto, de pescoço comprido e boca estreita, no qual a raposa não podia introduzir o focinho. Tudo o que ela conseguiu foi lamber a parte externa do jarro. – Não pedirei desculpas pelo jantar, disse a cegonha, assim você sente no próprio estômago o que senti ontem.
Moral: Quem com ferro fere, com ferro será ferido.

A raposa e as uvas II

Uma faminta raposa encontrou-se, um dia, diante dos muros de uma pequena horta, na qual vicejavam soberbas parreiras. Alguns cachos enormes de belas e maduras uvas pendiam das ramas, que se estendiam por sobre os muros, lá no alto. Ao ver aquele presente de Deus, a raposa lambeu o focinho e murmurou: – “Se eu pudesse colher um destes cachos!” Esticou o corpo sobre as patas traseiras, de pé, com as dianteiras apoiadas no muro, ergueu a cabeça o mais que pôde, porém os cachos estavam muito altos…Saltou várias vezes, mas foi em vão. Então, sacudiu a cabeça e afastou-se, murmurando: – Não me apetecem! Estão muito verdes… Moral: Quem desdenha, quer comprar.
Fonte: O Livro dos Nossos Filhos (vol. 1), 1959, Editora Alfa.

A raposa e o leão

Uma raposa encontrou pela primeira vez um leão e o seu aspecto feroz e os terríveis rugidos, a fizeram sair correndo, desesperada, na direção do primeiro esconderijo que encontrou. Quando encontrou-se pela segunda vez com o rei dos animais, o seu espanto já não foi tão grande e ela até ficou admirando-o por algum tempo. Quando pela terceira vez se encontraram, a raposa já tinha perdido todo o medo e, aproximando-se tranquilamente do leão, começou uma animada conversa com ele, como se fossem antigos camaradas.

Moral: Da familiaridade nasce o abuso.

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Ligeirinho do Jardim Chove Balas

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POLICIAL MILITAR, MEÇA AS SUAS PALAVRAS

30 de October de 2008

Cuidado com as palavras

A linda aspirante oficial da PM paulista produziu-se toda para ir ao ensaio da Gaviões da Fiel.

Chegando lá,
um dos “mano” mais cheio de gueri-gueri ,um tira do Decap na torcida organizada,
porém,
suarento e banguela (…)
pede pra
dançar com ela, e para não arrumar confusão, ela aceita.

Mas,
o “mano” suava tanto que ela já não estava suportando mais!

A policial foi se afastando dele, disse:
– Você sua, hein!

Ele, o tira muito mala e
cheio de sí,
foi logo puxando ela e lascou um beijo de língua,
e respondeu:
– Também vô sê seu ! princesa! É nóis na fita!

é nóis na unificação…

Ai…

ligeirinho do Jardim Chove Balas

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MAGISTRADA…..HELP US!

29 de October de 2008



«A magistrada Maria José Morgado defendeu, em matéria de combate à corrupção, é «preciso apanhar o rato enquanto come o queijo», pois andar à procura de um «rato» que «comeu o queijo há 10 ou há cinco anos» pode ser uma perda de tempo.»

Sua culpa, sua máxima culpa

29 de October de 2008


GOVERNO É O CULPADO
Entidades culpam governo por conflito e dizem que militares também sofrem com política salarial ‘descabida’ Marcelo Godoy As quatro principais associações da Polícia Militar do Estado de São Paulo resolveram se solidarizar aos policiais civis em greve e afirmaram que até os PMs da Tropa de Choque, “no íntimo”, concordam com os manifestantes. “Pois sofrem igualmente as conseqüências desta política descabida, mas discordando dos métodos utilizados para valer esse direito comum a ambos”, diz uma nota assinada pelas associações dos Oficiais da PM, dos Oficiais da Reserva, dos Subtenentes e Sargentos e dos Cabos e Soldados. O principal alvo foi a postura do governo José Serra para lidar com o problema salarial das polícias e com a crise que levou à batalha de quinta-feira no Morumbi, na zona sul. Segundo as entidades, o conflito entre policiais civis e militares às portas do Palácio dos Bandeirantes, que deixou 32 feridos, foi resultado da “política salarial perversa adotada pelo governo do Estado endossada pela Assembléia Legislativa”. Além de acusar o governo de se furtar “da responsabilidade de ter provocado esta situação vexatória”, a nota diz que a gestão Serra tentou “justificar-se à população afirmando que ninguém estará vindicando salários, mas que são ‘partidos de oposição’ que estão se aproveitando do momento”. O governo culpa CUT, Força Sindical, PT e PDT. As entidades, as mais representativas da PM, compararam a marcha dos policiais civis até o Palácio dos Bandeirantes a outra marcha em1961, executada pela antiga Força Pública de São Paulo – que mais tarde absorveu a Guarda Civil e se transformou na PM. O levante da Força Pública em direção ao Palácio dos Campos Elíseos, então sede do governo paulista, foi reprimido pelo Exército. As quatro entidades informam que vão encaminhar com urgência à Assembléia um projeto de política salarial com “as necessidades e os méritos dos integrantes da Polícia de São Paulo, verdadeiros heróis”. Por fim, afirmou que cabe a Serra “amenizar a situação”, “mesmo porque o secretário da Segurança Pública (Ronaldo Marzagão) ignorou o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seção São Paulo (Luiz Flávio Borges D’Urso), como mediador”. D’Urso havia se oferecido para mediar o conflito. Um dia antes da batalha, afirmou que havia sido ignorado pelo governo. A Secretaria de Segurança Pública informou que o governo não negociava enquanto a greve durasse. Nos bastidores, porém, o secretário da Gestão Pública, Sidney Beraldo, e deputados da base do governo na Assembléia, como Mauro Bragato (PSDB), se reuniam com representantes de associações da Polícia Civil. A estratégia não conseguiu pôr fim à greve nem impedir que as lideranças sindicais do movimento, que o governo pretendia isolar, conduzissem a marcha até o Palácio dos Bandeirantes.
Fonte: estadão.com.br, edição 19 de outubro de 2008, caderno metropolis

OS ÚLTIMOS SUSPIROS DO MORIBUNDO

29 de October de 2008

OS ÚLTIMOS SUSPIROS DO MORIBUNDO

Durante os estágios efetuados ao longo do meu curso de graduação em enfermagem fui obrigado a presenciar a morte de algumas pessoas. Depois de algumas dessas experiências desagradáveis, mesmo com a reduzidíssima sabedoria de estagiário de enfermagem passei a perceber com alguma antecedência que este ou aquele paciente não duraria mais muito tempo. Em alguns casos é muito fácil ver que aquele corpo está fazendo uso de toda a energia que lhe resta para se manter vivo. E é justamente o uso desta energia que traz o seu esgotamento, e, conseqüentemente, a morte.
A matéria do Estadão de hoje (28/10/2008) intitulada “Governo quer pauta única para negociar com a Polícia Civil”, disponível em: http://www.estadao.com.br/cidades/not_cid268129,0.htm , acendeu a tal da luz vermelha – sinal de perigo – que carrego embutida na minha cabeça. Primeiro fiquei indignado. São muitas mentiras juntas em um texto não tão longo. Passei o dia todo cismado com o que li. À noite resolvi fazer uma releitura, com maior atenção e calma, pois a mudança do discurso – de “não negocio com grevista” para “pauta única, mudança de itens em discussão” e outras mentiras mais – é algo que simplesmente não combina com o nosso arrogante patrão.
Achei o motivo da luz vermelha justamente no subtítulo da matéria: “Fontes do palácio afirmam que não é possível equiparar salários de alguns segmentos com o de magistrados”. Ora, essa equiparação em nenhum momento foi sequer cogitada durante todo o nosso movimento.
Mais uma vez nosso amado patrão está tentando provocar uma grande ruptura no nosso movimento. Insinua que os Delegados estão pleiteando algo separado, deixando as outras carreiras para trás.
A mim me parece exatamente um moribundo reunindo todas as suas forças para tentar sobreviver. Está jogando as últimas fichas tentando provocar a desunião. Tivesse visto o que vi ontem, na Praça da Sé, saberia que essa alternativa não existe mais. Estamos unidos, e unidos permaneceremos. Mas, como todo bom político, já preparou uma saída “honrosa”, acenando com a possibilidade de uma negociação, desde que cumpridas algumas condições. Bate e beija.
Senhor Governador, infelizmente para o Senhor, o jogo agora não lhe permite mais impor condições. Quem dá as cartas somos nós. E as negociações, quando acontecerem, serão de acordo com as nossas regras. O senhor teve todas as oportunidades, e não as aproveitou.
A minha proposta para o comando de greve é que não seja aceita qualquer proposta de negociação sem que as seguintes condições sejam satisfeitas:
1 – A retirada dos projetos de lei enviados para a ALESP, para – agora sim – NEGOCIAÇÃO, e posterior reenvio com todas as correções necessárias;
2 – A substituição do Secretário da Segurança Pública e do Delegado Geral de Polícia (a permanência deles no cargo é uma impossibilidade política);
3 – O reconhecimento do Comando de Greve, integrado por um representante de cada uma das entidades de classe, como legítimo representante dos Policiais Civis do Estado de São Paulo;
4 – Que as negociações sejam feitas entre o Governador e todos os integrantes do Comando de Greve, sem intermediários, com a presença do Presidente da OAB para ser testemunha das conversações (infelizmente, por motivos óbvios, uma testemunha se tornou algo indispensável);
5 – Que seja assumido publicamente compromisso formal de que nenhuma retaliação será feita contra os Policiais Civis tendo como causa esse episódio.

Satisfeitas essas condições, aí sim poderemos pensar em utilizar o desfibrilador para tentar ressucitar o moribundo. Mas só o usaremos efetivamente quando nossas condições forem aceitas.

Abraços a todos, e até a vitória final

Flávio Lapa Claro
Investigador de Polícia
DAS/DEIC