Archive for February, 2010

O pequeno peixe

27 de February de 2010


Era uma vez, um lindo aquário, enorme, onde havia muitos peixes de vários tipos e tamanhos. Na parte de cima do aquário estavam os peixes maiores, pois a comida, quando caía na água, era para eles, que vinham primeiro. Então, os peixes de cima estavam sempre satisfeitos, pois nunca lhes faltava comida.

Na parte intermediária, estavam os peixes de porte médio. Também havia para eles muita comida. Era o que os grandes peixes da parte de cima não comiam. Mas não havia tanta comida assim para que estes pudessem ficar grandes.

Na parte de baixo estavam os pequeninos peixes. A comida que eles tinham para comer mal dava para mantê-los vivos, pois o pouco que lhes vinha era a sobra dos de cima.

Nesse ambiente, nasceu um pequenino peixe. Ele não se conformava com aquela situação. Certo dia, encontrou um pequeno buraco, numa parte obscura do aquário. Ficou pensando onde aquele buraco iria levá-lo, pois tinha uma grande esperança a vida do lugar onde morava. O pequenino peixe, então, resolveu passar pelo buraco e ver onde ia parar. Encontrou um fio de água que o levava para um ralo, do ralo caiu em um encanamento, e foi parar em um rio.

Observou aquele lugar e viu que era maravilhoso: não faltava comida, tinha espaço suficiente para nadar e ir onde quisesse. Mas o pequenino peixe pensou em seus amigos do aquário e resolveu voltar para dizer a respeito do lugar maravilhoso que encontrou. Indo de volta pelo caminho, chegou ao aquário e começou a falar com todos sobre o lugar maravilhoso que havia encontrado. Todos os peixes começaram a ficar curiosos e questionaram o que deveriam fazer para chegar ao local. Foi quando o peixinho falou:

– Os peixes grandes da parte de cima deverão mudar de lugar. Terão que vir para a parte de baixo para perder peso e, assim, poder passar pelo pequeno buraco. Os peixes da região intermediária deverão alimentar-se menos para perder um pouco de peso também. E os peixes de baixo deverão alimentar-se um pouco mais para obter forças e seguir viagem.

A confusão dentro do aquário começou, com muita discussão, muita discórdia, e alguns começaram a se revoltar contra o pequeno peixe. Depois de muita briga, de pontos de vista diferentes, os peixes tomaram uma decisão: resolveram matar o peixinho que havia causado tanto transtorno àquele lugar.

Quando surgir uma nova oportunidade de crescimento em nossa vida, não devemos considerá-la como uma ameaça. Não “mate” as portas que se abrem à sua frente.

Este post só foi possível com a ajuda de Maria Amalia Spinelli

a quem agradeço e muito!

Senta a pua, desça a lenha:

Comente este post ou dê um link do seu site.

Acompanhe esses comentários.

Seja legal, não fuja do tópico.

Não faça nada que você não faria no seu site ou blogue.

Ligeirinho, agora com balas traçantes aqui no Vietnã…de cara para o Morumbi ,muito chique…

Uma lenda viva

23 de February de 2010

HISTÓRIAS E LENDAS DE PRAIA GRANDE

Um museu sobre a criminalidade

No acervo, registros sobre crimes na Baixada Santista desde o século XIX

Matéria publicada no jornal santista A Tribuna em 19 de agosto de 2001

(exemplar no acervo do historiador Waldir Rueda):

Ex-investigador, Alfredo Gregório Júnior organiza o acervo de ocorrências na sede da Academia de Polícia

Foto: Adalberto Marques, publicada com a matéria

Mais de 130 anos de crimes, que envolvem desde um escravo que roubava galinhas para poder comer, até um frio e calculista esquartejador, que matava por puro prazer. Tudo isso, detalhado com fotos e requintes capazes de inspirar até o mais inibido escritor de histórias policiais. O acervo, suficiente para formar um autêntico museu do crime, está sendo recuperado na sede da Academia de Polícia de Praia Grande e vem servindo de apoio para formação de novos investigadores, carcereiros, agentes penitenciários e escrivãos. Entre outras relíquias, há o laudo pericial de Santos Dumont, o Pai da Aviação, que praticou suicídio, por enforcamento, em um hotel de Guarujá, em 1932.

POLÍCIA
Museu do Crime mostra rotina da violência

Arquivos policiais relatam casos de escravos chicoteados, de esquartejadores e de antigas malandragens

Evandro Siqueira
Da Sucursal

O responsável pela restauração dos mais de 350 livros de ocorrências, que relatam os crimes registrados na Baixada Santista ao longo de mais de um século, o ex-investigador de polícia, já aposentado, Alfredo Gregório Júnior, de 67 anos, é quem cuida do acervo e ajuda a preservar fatos da rotina policial que o tempo costuma apagar da memória.

Os primeiros registros remetem à época da escrevidão, mais exatamente 1870. Um período em que desobedecer as ordens dos senhores brancos podia render a um negro 50 chibatadas ou dois meses de prisão, com um ferro amarrado ao pescoço.

São fatos reais, escritos à caneta de pena, em folhas de almaço, já amareladas pelo tempo.

Os laudos e as ocorrências estavam praticamente esquecidos pelo Instituto de Criminalística, mas foram resgatados por Gregório, com o aval do diretor do Deinter-6, Alberto Corazza, e do coordenador de cursos da Academia de Polícia de Praia Grande, Manuel Luiz Ribeiro Júnior.

Hoje, o arquivo histórico serve de material didático para a formação de oficiais da Polícia Civil, nas disciplinas de Criminalística, Investigação Policial e Sociologia da Violência.

“A vantagem é que eles tomam conhecimento de fatos já ocorridos e saem mais preparados da Academia. Deu trabalho limpar o mofo e retirar os cupins, mas está valendo a pena”, diz Gregório.

Picadinhos – Os fatos descritos nos livros de ocorrências são instigantes e, em alguns casos, assustadores, devido ao excesso de crueldade de alguns criminosos.

A história de Maria Fea, que ficou conhecida como o Crime da Mala, é contada em detalhes, desde o instante em que seu marido a esquartejou em São Paulo, trouxe as partes do corpo em uma mala para Santos e tentou despachá-la no navio Massília, que seguiria para a França.

O crime foi descoberto graças aos trabalhadores portuários, que desconfiaram do forte cheiro que exalava da mala.

O caso aconteceu em 1928 e, até hoje, a campa de Maria Féa, no Cemitério da Filosofia, no Saboó, em Santos, é muito visitada por pessoas da comunidade, que acreditam que ela poderia fazer milagres.

Um caso igualmente escabroso, registrado no arquivo da Academia, é o de um outro esquartejador, conhecido nacionalmente como Chico Picadinho. Embora os crimes tenham acontecido na Capital, Gregório possui inquéritos completos, recheados de fotos periciais das vítimas.

As imagens são chocantes e, na maioria das vezes, impublicáveis.
Motivo pelo qual você leitor não as verá aqui no Ligeirinho.com, (Desculpe) Faz parte!

“O Chico está preso até hoje, lá em Taubaté. Um caso como esse serve de aprendizado para quem quer se tornar policial civil. Eles têm que aprender com fatos reais”, diz o ex-investigador.
Cuja foto acima se Vê e é conhecido pelos seus pares policiais,carinhosamente como Língua.

Escravos eram vítimas de atrocidades

Santos, 1870. Uma jovem negra de 25 anos, chamada apenas Flora (os escravos não tinham sobrenome), passa cinco dias presa. Descrita como “preta, altura regular, delgada de corpo, olhos pardos, rosto comprido e fino e solteira”, a escrava pagou caro por não ter atendido a um pedido de sua dona, Francisca Emília Fernandes.

O caso, verídico, é o registro mais antigo que pode ser encontrado entre os documentos do Instituto de Criminalística, arquivados em Praia Grande.

Como Flora, outros tantos escravos passaram por situações semelhantes, que hoje em dia despertam a revolta em qualquer cidadão de bem.

Foi assim também com Veríssimo, um servo de apenas 11 anos, que ficou encarcerado durante 10 dias por ter presenciado a morte de um outro escravo, castigado por seus donos.

Ou ainda com Gardino, 33 anos, condenado a 50 açoites e dois meses de ferro no pescoço. O motivo: roubou uma galinha para poder se alimentar.

Alfredo de Gregório Júnior, por mais acostumado que esteja com as atrocidades cometidas por seres humanos, fala com tristeza daqueles tempos. “São fatos que deixam qualquer um magoado, chocado.

Muitas crianças eram punidas como adultos, sem qualquer direito a defesa. E o pior: por motivos banais”.

Acidente envolvendo um bonde e um caminhão, em Santos. Cena de uma época distante

Foto: reprodução, publicada com a matéria

O suicídio de Santos Dumont

Uma das peças que mais enche Gregório de orgulho não é nem original, mas fica exposta em um armário de vidro como se fosse um troféu.

Trata-se da xerox do laudo pericial sobre a morte de Alberto Santos Dumont.

O Pai da Aviação cometeu suicídio em 1932, no Hotel La Plage, em Guarujá.

O documento, escrito à mão, descreve até os trajes que o piloto usava naquele fatídico 23 de julho: terno, gravata, calça e sapatos, tudo preto.

Ele foi encontrado morto por uma empregada do hotel, pendurado no chuveiro de um dos apartamentos, com o cinto do roupçao de banho amarrado no pescoço.

“Isso aqui tem valor pessoal”
, diz o ex-policial.

Artimanhas – Além de relatos criminalísticos, o acervo inclui, também, materiais que mostram as artimanhas utilizadas por detentos para fugir de penitenciárias.

Quem imaginaria, por exemplo, que com apenas uma lâmina de barbear um preso poderia serrar uma placa de aço inox? “São coisas que se a gente conta e não mostra a prova, as pessoas duvidam”, admite Gregório.

Veja a foto

Mas, foi exatamente isso que aconteceu há alguns anos, no Cadeião de Praia Grande, o Dacar-10. Um detento cortou a tampa de aço que prende o vaso sanitário à parede com uma lâmina. A prova da ousadia também está na Academia.

“A tentativa de fuga foi descoberta em uma revista de rotina”, lembra o ex-policial. “São macetes que qualquer carcereiro ou agente penitenciário tem que saber antes de ingressar na carreira”.

Há ainda armas e ferramentas fabricadas artesanalmente pelos detentos das cadeias da região – como serrotes, furadeiras, facas, porretes, terezas etc. – que foram apreendidas e também fazem parte do acervo. Isso sem contar os objetos utilizados por traficantes para esconder drogas, como um extintor recheado de cocaína.

“Definitivamente, é uma escola para quem vai encarar a realidade do crime, seja nas ruas ou nas prisões”, comenta Gregório.

Um desastre dos mais improváveis: avião cai e atinge uma Kombi na areia da praia
Foto: reprodução, publicada com a matéria

Fotos de colisões despertam curiosidade

Sair à rua e dar de cara com dois automóveis batidos é uma cena até certo ponto normal hoje em dia. Mas, os livros do Instituto de Criminalística contam fatos quase inimagináveis atualmente.

Os exemplos são os mais variados. Em 1947, na esquina das ruas São Francisco e Senador Feijó, no Centro de Santos, um caminhão atropelou um triciclo, que era utilizado por um jovem para entregar pães à vizinhança. Hoje essa atividade está praticamente extinta, dado o grande número de padarias.

Nos anos 50, houve também acidente curioso. Um avião de pequeno porte caiu em uma praia de Praia Grande e bateu em uma Kombi, que estava estacionada na faixa de areia. Ninguém morreu.

Naqueles tempos, até bondes se envolviam em acidentes com veículos automotores, como mostram várias fotos contidas nos inquéritos policiais. “São fatos que hoje em dia surpreendem pela curiosidade”, afirma Gregório.

Vagabundos – Os mesmos livros que guardam ocorrências lamentáveis da época da escravidão, mostram, também, detalhes que hoje podem soar engraçados. Registros do início do século contam histórias de ladrões de botinas, caloteiros de botequins e até meretrizes, presas não por se prostituírem, mas por se envolverem com jogos de azar.

As profissões citadas nos autos policiais são, no mínimo, curiosas. Ou alguém acha normal alguém exercer cargos de gatuno ou vagabundo?

“Eram tempos em que os ladrões eram verdadeiros artistas”, lembra em tom saudosista o ex-investigador. “Não havia tanta violência. O malandro roubava uma carteira sem que o dono percebesse. Hoje, eles já apontam logo uma arma e puxam o gatilho por qualquer coisa. O batedor de carteira desapareceu e a criminalidade piorou”.

Senta a pua, desça a lenha:

Comente este post ou dê um link do seu site.

Acompanhe esses comentários.

Seja legal, não fuja do tópico.

Não faça nada que você não faria no seu site ou blogue.

Ligeirinho, agora com balas traçantes aqui no Vietnã…de cara para o Morumbi ,muito chique…

O bar do sexo e a cidade

20 de February de 2010

Parecido com cenário de “Sex and the City”, novo bar investe em drinques

As informações estão atualizadas até a data de 20 de fevereiro de 2010.

Sugerimos contatar o local para confirmar as informações 011 3061-0660.

Da lavra de DANILA MOURA
do Guia da Folha,do qual sou assíduo leitor e assinante, motivo pelo qual arrumei namorada lá!
As imagens são do grande fotógrafo Paulo Pampolin/Hype/Folha Imagem

Gold Lounge (foto),

Lá na região oeste de SP, tem cenário similar ao da série “Sex and the City”
Gold Lounge (foto),

Inspirado em bares nova-iorquinos, o recém-inaugurado Gold Lounge parece cenário do seriado “Sex and the City”.

O forte do bar são os drinques —
Perfeitos para bebericar fazendo pose no balcão.

Além de cinco coquetéis feitos à base de café, há mais 16 no cardápio, com destaque para o frozen strawberry daiquiri (rum, morangos e suco de limão).

Pratos elaborados pelo chef Alex Rodrigues e “finger foods”, como a terrine de castanhas com compota de jabuticaba, satisfazem com classe.

Gold Lounge – al. Min. Rocha Azevedo, 482, Cerqueira César, região oeste, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/11/3061-0660.

100 lugares.

Bar: seg. a dom.: 12h à 1h30.

Restaurante: seg. a dom.: 12h às 24h.

Preço: R$ 6 (cerveja long neck Bohemia).

Valet ( R$ 14).

Não recomendado para menores de 18 anos.
Se beber acima da conta,não dirija, chame um taxi…

O ministério da saúde recomenda beba com moderação e o Governador Arruda avisa, panetone pode botar você na cadeia, coma com moderação e os pedacinhos que sobrarem, os bote nas meias…na cueca é mal meu!

Senta a pua, desça a lenha:

Comente este post ou dê um link do seu site.

Acompanhe esses comentários.

Seja legal, não fuja do tópico.

Não faça nada que você não faria no seu site ou blogue.

Ligeirinho, agora com balas traçantes aqui no Vietnã…de cara para o Morumbi ,muito chique…

Uma fábula do Investigador de Polícia

19 de February de 2010


Era uma vez um pardal cansado da vida. Um dia, resolveu sair voando pelo mundo em busca de aventura. Voou até chegar numa região extremamente fria e foi ficando gelado até não poder mais voar e caiu na neve. Uma vaca, vendo o pobre pardal naquela situação, resolveu ajudá-lo e cagou em cima dele. Ao sentir-se aquecido e confortável, o pardal começou a cantar. Um gato ouviu o seu canto e foi até lá, retirou-o da merda e o comeu.

Moral da história:

1) Nem sempre aquele que caga em cima de ti é teu inimigo;
2) Nem sempre quem te tira da merda é teu amigo;
3) Desde que te sintas quente e confortável, mesmo que estejas na merda, conserva o bico fechado!

Senta a pua, desça a lenha:

Comente este post ou dê um link do seu site.

Acompanhe esses comentários.

Seja legal, não fuja do tópico.

Não faça nada que você não faria no seu site ou blogue.

Ligeirinho, agora com balas traçantes aqui no Vietnã…de cara para o Morumbi ,muito chique…

Dissidência no tráfico de drogas gera campanha e guerra contra o crack

18 de February de 2010


Da lavra de

(Archimedes Marques)

O povo assiste atônito as conseqüências nefastas advindas do crack, a chamada “droga do século”, que chegou para arruinar a vida de muitos, piorar ainda mais a vida de toda a sociedade brasileira e agora até em contrariedade aos interesses de vários traficantes de drogas que em mudança de opinião, em discordância ao seu comércio já fazem campanha e iniciam guerra contra o seu uso.
Crack e desgraça são indissociáveis e quase palavras sinônimas. Relatos dos seus usuários e familiares, fatos policias diários e opiniões de especialistas sobre os efeitos e as conseqüências funestas da droga podem ser resumidos em três palavras tão básicas quanto contundentes: sofrimento, degradação e morte.
A composição química do crack é simplesmente horripilante e estarrecedora. A partir da pasta base das folhas da coca acrescentam-se outros produtos altamente nocivos a qualquer ser vivo, tais como o ácido sulfúrico, querosene, gasolina ou solvente e a cal virgem, que ao serem processados e misturados se transforma numa pasta endurecida homogênea de cor branco caramelizada onde se concentra mais ou menos 50% de cocaína, ou seja, meio à meio cocaína com os outros produtos citados.
O seu usuário pode ter convulsão e como conseqüência desse fato, pode levá-lo a uma parada respiratória, coma ou parada cardíaca. Além disso, para o debilitado e esquelético sobrevivente seu declínio físico é devastador, como infarto, dano cerebral, doença hepática e pulmonar, hipertensão, acidente vascular cerebral (AVC), câncer de garganta, além da perda dos seus dentes, pois o ácido sulfúrico que faz parte da composição química do crack assim trata de furar, corroer e destruir a sua dentição.
O crack é tão perigoso quanto degradante e mortal que até o próprio traficante dele não faz uso e agora já começa a repensar o seu comercio.
Recentemente o jornalista e cientista político SEGADAS VIANA, escreveu sobre a questão de um ponto do tráfico do Rio de Janeiro estar fazendo campanha contra o crack. São trechos básicos da matéria jornalística denominada Tráfico veta copinho pra acabar com crackudo vacilão: “Salve um crackudo… Rasgue o copo”. As palavras, escritas em um cartaz ao lado da foto de três jovens fumando crack e da imagem de um copo de plástico, fazem parte de uma campanha para tentar dificultar o uso da droga. Como os usuários preferencialmente utilizam copinhos de guaraná natural, a idéia é convencer os fãs da bebida a rasgá-los antes de jogá-los fora.
Mais inusitado que a campanha é o local em que ela tem sido feita: o cartaz foi encontrado durante uma incursão policial no Morro do Pavão, em Copacabana, na zona sul do Rio. Ele estava colado em uma das bocas-de-fumo controladas por traficantes ligados à facção criminosa Comando Vermelho (CV), na principal entrada da favela.
Abaixo do “slogan da campanha”, um texto expõe motivos para conquistar adeptos: “Pow mano, ta ligado que o bagulho ta ficando sinistro em todas as favelas do Rio de Janeiro, né? Aonde vc passa tem um menozinho correndo igual doido com as calças caídas, descalços. Que vergonha. Ou então vê uma mina toda ruim, toda torta, toda magrela. (…)”
Mas o cartaz não é a única bandeira na tentativa de desestimular o uso do crack. Um funk batizado como “Crackudo vacilão” tem sido tocado nos bailes realizados nos morros e favelas. A letra da música diz: “Pedra pura, deixa a gente no maior tédio / Vendendo a roupa do corpo / E a janela do prédio / Mas depois triste num canto sozinho / lembra que se derramou / a madrugada num copinho / aí vem o desespero / tô com maior cabelão / eu vendi a geladeira, a tv e o fogão / aí vem o desespero / tô com maior cabelão / eu vendi a porra toda, eu sou um crackudo vacilão” (…)
Em outra matéria jornalística, desta feita no Rio Grande do Sul, publicada no Jornal Zero Hora, dia 19/11/2009, o jornalista HUMBERTO TREZZI assim discorreu em parágrafo basilar do seu artigo denominado Traficantes vetam crack em Santa Cruz: “A quadrilha que domina a venda de drogas no bairro mais populoso de Santa Cruz do Sul decretou: não vai vender mais crack. Além disso, anunciou “represálias severas” a quem comercializar a droga na sua área de atuação… venderão os estoques. Depois, vai vigorar a pena do submundo contra quem violar a regra – que pode incluir morte.”
Segundo o jornalista, o recado foi repassado em uma reunião em que fizeram parte aproximadamente cem pessoas na associação de moradores do bairro Bom Jesus e confirmado por repórteres do Jornal Gazeta do Sul.
Tais campanhas realistas do tráfico contra o crack demonstram a preocupação dos traficantes quanto a perda substancial dos seus compradores ou consumidores que logo morrem em decorrência da ação devastadora da droga, ou seja, estão perdendo mercado porque estão matando seus próprios clientes, com isso há a diminuição de lucro e em conseqüência do fato, também resta enfraquecido o comercio das outras drogas, daí a motivação desta suposta boa ação que estão a praticar para a sociedade.
É fato realmente inusitado: traficantes em campanha e em início de batalha mortal não pela disputa de território, mas pela tentativa desesperada de conter o avanço dos malefícios do crack que muitos teimam em reproduzir.
É de bom alvitre alinhavar que campanhas legais e vitoriosas como CRACK NEM PENSAR, DROGA MATA, ANTIDROGAS, A DROGA DA MORTE, A PEDRA DA MORTE, MONTENEGRO CONTRA O CRACK, dentre outros que arrastam adeptos importantes e adorados pelo povo como artistas, atletas, cantores ou demais celebridades, formadores de opinião pública, somados ao combate incansável efetuado pela força pública através da Policia, tem sido de suma importância na prevenção, repressão ou na recuperação de drogados, fazendo com que aumente ainda mais a frustração dos traficantes.
Assim, nesta nova modalidade de guerra do tráfico de drogas, que pode ser batizada de guerra do crack, vez que supostamente o comando vermelho já tomou partido, pode haver o aumento da dissidência e como conseqüência, uma grande quantidade de mortes.

Autor: Archimedes Marques (delegado de Policia no Estado de Sergipe. Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Segurança Pública pela UFS) – archimedesmarques@infonet.com.br – archimedes-marques@bol.com.br – archimedesmelo@bol.com.br
Fonte: http://www.infonet.com.br

Senta a pua, desça a lenha:

Comente este post ou dê um link do seu site.

Acompanhe esses comentários.

Seja legal, não fuja do tópico.

Não faça nada que você não faria no seu site ou blogue.

Ligeirinho, agora com balas traçantes aqui no Vietnã…de cara para o Morumbi ,muito chique…

Cable Car, & Bondes…

15 de February de 2010





At first I was going to make the cable car into a zombie hunting mega machine equipped with a snow plow in front (for plowing zombies) equipped with grenade launchers and machine guns and other stuff but then my brother suggested this so I did this instead.
Por falar em bondes…leia tudo sobre bondes em: – http://www.danielestefano.com/2010/01/traduzindo-o-anuncio-abaixo.html

Falando em bondes……olha!!…sincera opinião de quem anda de bonde todo dia:

– sou amigo dos motorneiros;

– mas eles são malucos!,

– não se adaptaram ao VLT, conduzem como se fosse um bonde velho ou uma viatura qualquer…; destas da polícia civil de São Paulo

– freiam e aceleram bruscamente.

Isso é muito inconveniente porque a suspensão do bonde parece uma cama elastica.

É de passar mal!!…eles devem ter um melhor treinamento para conduzir o veículo!!!;

– conduzem até mesmo com cerveja na mão;

– se o motorneiro não conseguiu frear… Bom isso é duvidoso! Sabe-se lá o que pode acontecer numa situação dessas? Bonde sem freio? ;
– Vocês sabiam que a caixa digital de frenagem fica na parte inferior do bonde, sabia?
Eu sabia!
…não podia ficar num local menos vulnerável?

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1105520-7823-ACIDENTE+COM+BONDE+MATA+UMA+JOVEM+EM+SANTA+TERESA,00.html

…muitas coisas precisam ser revistas no sistema de bondes… Não só o bonde em si, mas as vias, aos despachantes de bondes, os conhecidos delegados bondeiros…e outros detalhes. Por exemplo: sem falar nos bondes da Polícia Civil de São Paulo

– o que são aquelas grades (telas de galinheiro) em cima dos arcos da lapa?
…pra mim, aquilo e nada é a mesma coisa!
– gastam milhões com um bonde que não funciona direito, e não agrada… E quanto à segurança da via?

Tomarei providencias. Peço permissão aos moderadores para um thread oficial dos bondes de santa VLT. Indicarei os pros e contras;

Abraços
Do ligeirinho motorneiro de bonde…Mais sobre bonde…

Bonde, o que é um bonde?
Bonde é trem? Se correr por trilhos, é trem.

Bondes são automotrizes elétricas, na verdade, mas que correm pelas ruas urbanas da cidade, embora tenha havido bondes que correram no meio rural, no interior do Brasil. Em São Paulo, eles começaram ainda no século XIX, puxados a burro.

Em 1900, com a chegada da Light, eles ainda sobreviveram por algum tempo, mas desapareceram logo depois.

Eu andei de bonde, aliás, eu fui atropelado por um bonde lá na rua da consolação, em 1966 em um dia de chuva fina e até hoje eu me lembro do ocorrido, quando eu ali passo com a viatura da polícia… Percurso: diversos, pelas ruas de São Paulo

(alguns especificados no texto abaixo)

Origem das linhas:

Basicamente implantadas pela Light a partir de 1900, como bondes elétricos, e assumidas pela CMTC, que as extinguiu a partir do fim dos anos 1950. O último bonde de São Paulo, o de Santo Amaro, “morreu” em março de 1968.

Vocês sabiam que o trem mais famoso de São Paulo É Fernando Maia de Marsillac quem conta, Xi esqueci, mas eu sei que em maio de 2002 ele também desapareceu…: “Apesar de toda a veneração que temos pelos trens, confesso que no fundo sinto mais saudade é dos bondes.

O bonde era mais próximo, mais íntimo.

O trem andava no campo em velocidade alta, o bonde andava na cidade, em velocidade baixa, de modo que do trem você via paisagens à distância, enquanto que do bonde você via quem estava na calçada, dava até para cumprimentar algum conhecido.

Se o bonde se punha em movimento quando alguém ainda estava tentando embarcar ou desembarcar, todos “chiavam” e o bonde parava imediatamente; isto no trem seria impossível.

O bonde fazia curvas a 90 graus (virava a esquina), subia e descia ladeiras; o trem não podia fazer isso. O trem parava numa estação, geralmente longe de casa; o bonde parava na esquina de casa, parava na porta do colégio.

Uma viagem de trem era algo solene: você devia fazer uma bagagem, uma maleta que fosse e dirigir-se até a estação para aguardar o trem em horário determinado; freqüentemente, a viagem de volta não seria no mesmo dia.

No caso do bonde, você ia pegá-lo na esquina, ia ao centro fazer alguma coisa e uma hora depois já poderia estar de volta.

Eu gostava muito do bonde.

Nos anos 1960, quando se intensificou o assassinato em massa dos bondes, cheguei a dizer quase poeticamente: Para mim, cada linha de bonde que desaparece é como um amigo que morre. Os bondes atrapalham o trânsito? Diziam os “inimigos”: o bonde não pode sair dos trilhos.

Isto significa que se houver um acidente sobre a linha, o bonde não poderá desviar-se dele e terá que esperar talvez horas até que tudo se resolva.

Neste caso, ou se o próprio bonde quebrar, os demais bondes que forem chegando irão parando atrás e formando uma verdadeira muralha chinesa que tornará um caos o trânsito na cidade.
Além disso, por ser muito lento, o bonde ficou para trás e não pode, nem de longe, pensar em competir com o ônibus.

Quanto a quebrar e obstruir a linha, perguntaríamos: por que não acontece isso com o metrô? Porque há manutenção adequada e se houver algum problema que impeça o metrô de prosseguir por si mesmo, logo virá um socorro para rebocá-lo até o pátio.

No caso do bonde, havia, provavelmente, sabotagem do próprio Poder Público para desmoralizá-lo e acabar com ele o mais rapidamente possível.
Quanto a ser vagaroso e atrapalhar o trânsito (mesmo que ninguém quebrasse), é preciso ver o outro lado da questão: como o bonde poderia ser útil se tivesse uma faixa exclusiva para ele.

Dois exemplos: a praia de Santos e a Avenida Ibirapuera. Nestes casos a linha dupla dos bondes corria numa área sem calçamento, com pedra britada entre os trilhos como uma estrada de ferro, em Santos entre a avenida e o jardim da praia e na Avenida Ibirapuera no canteiro central.

Na Avenida Ibirapuera poderia ser aproveitado como uma linha de metrô, já 50% pronta.
Ao invés disso, preferiram destruir o bonde e usar o seu espaço para mais duas pistas asfaltadas em favor dos automóveis.

Isto é resultado de uma política urbana equivocada que privilegiou excessivamente o automóvel particular em detrimento do transporte coletivo.
Com o aumento da população, o número crescente de automóveis particulares associado à inexistência de um transporte coletivo digno e eficiente vai tornando as cidades inviáveis.

Quando você sai com seu carro particular, você arrasta em torno do seu corpo físico uma “caixa” de 10 m2; já pensou se metade das pessoas que fossem ao centro tentassem fazê-lo em carros particulares?

Lembro-me das frases e avisos típicos dos bondes:

“Cuidado sempre! prevenir acidentes é dever de todos”
“O motorneiro cuidadoso não conversa em serviço”
“Cinco lugares em cada banco”
“Espere o carro parar”
“É proibido fumar nos três primeiros bancos”.

naquela época era permitido fumar nos bondes…(Grifo do Ligeirinho)

Além destes, havia muitos anúncios de propaganda comercial que marcaram época.

No centro de São Paulo, o bonde “atrapalhando o trânsito”.
Se não me engano, os bondes eram alimentados a 600 VDC (volts em corrente contínua). No caso dos trens (3000 VDC), havia um único fio trolley e não dois como nos ônibus elétricos, porque o retorno era pelos trilhos.

Havia, é claro, divisores de tensão, pois a iluminação do veículo devia ser feita por lâmpadas comuns de 110 Volts. Em São Paulo a tomada de força se fazia por uma carretilha (rodinha) que na ponta de uma haste ia girando ao longo do fio trolley, enquanto as rodas do bonde giravam nos trilhos.

Nas outras cidades, os bondes tinham um arco tipo pantógrafo que ia encostado no fio. Ao iniciar a marcha, o bonde não podia acelerar muito rapidamente. A aceleração tinha de ser gradual, por “pontos”.

Se o motorneiro tentasse sair acelerando bruscamente, o disjuntor estourava desligando a energia do veículo e deveria ser rearmado manual ou automaticamente, para recomeçar do zero a aceleração.

Um dispositivo interessante que vi em pleno funcionamento em Santos, mas que existia também em São Paulo e no Rio e certaente não em Campinas era a chave elétrica.

Em bifurcações com grande movimento de bondes, para evitar que os motorneiros precisassem parar os veículos a fim de mudar a chave com uma alavanca de mão. existia poucos metros antes uma ligação especial no fio trolley.

Quando o pantógrafo passava por esse ponto, o motorneiro acionava o controle de uma certa maneira e a chave mudava sua posição, sem interferência manual. Quando acontecia falta de energia, o bonde parava, é óbvio.

Se fosse dada a partida com voltagem baixa, para pôr o bonde em movimento seria puxada uma corrente muito alta que poderia queimar o motor.

Então,o motorneiro ligava o interruptor das lâmpadas, mesmo que fosse meio-dia com sol quente, para usá-las como voltômetro, aproveitando-se do fato de que elas não seriam afetadas pela voltagem baixa.

As lâmpadas apagadas acendiam-se fraquinhas, ficavam mais fortes, mais fracas, mais fortes de novo, apagavam-se outra vez.

Essa oscilação durava alguns minutos.

Somente quando as lâmpadas atingiam o seu brilho pleno e assim permaneciam por algum tempo, demonstrando que a voltagem tinha retornado ao normal é que o motorneiro apagava as luzes e dava a partida no bonde.

Eu achava bonito aquele polígono funicular formado pelo fio que preso a dois postes sustentava o fio trolley nas curvas.

Cada louco com a sua mania. Será que existe mais alguém nos dias de hoje que pense num detalhe desses?

Bonde na avenida Paulista e a sua linha, quando a avenida era bem mais estreita que hoje, em 1966 ( ano em que fui atropelado pelo bonde ) [ novo grifo do Ligeirinho ]
No princípio, os bondes eram todos abertos, tinham duas frentes e acesso pelos dois estribos, esquerdo e direito.

Quando chegavam no ponto final viravam os bancos e o motorneiro mudava de lado.

Aos poucos, a região do ponto final, sobretudo junto ao centro, foi se tornando mais movimentada, algumas ruas passavam a ter mão única e o sistema de virar os bancos começou a tornar-se inconveniente.

Nesses locais construiram-se para o retorno “balões”em praças ou uma volta na quadra.

Nas ruas de maior movimento começava a tornar-se perigoso embarcar ou desembarcar pelo lado esquerdo.

Usava-se, então, a entrevia, um sarrafo de cerca de 10 cm de altura, cujo comprimento ia do primeiro ao último banco.

A entrevia ficava embutida na parte superior do bonde, junto ao teto e era descida até a altura dos bancos nos locais de maior movimento, para lembrar aos passageiros que não deveriam descer ou subir por aquele lado.

Com o progresso, muitos carros, bondes com linha dupla nas avenidas principais e gente que não respeitava a entrevia, pondo em risco a própria vida, em São Paulo e no Rio de Janeiro acabaram por fechar o lado esquerdo, retirando uma das frentes, de modo que esse bonde nunca mais viraria os bancos e andaria sempre na mesma direção, a menos, é claro, de uma eventual marcha a ré.

Em São Paulo foi colocada uma chapa de aço até um pouquinho acima dos bancos, onde viria a ser mais ou menos uma janela de ônibus.

No Rio, uma cidade bem mais quente, foi colocada uma tela de aço reticulada.
Havia dois tamanhos de bonde: os de 10 bancos, com 4 rodas e outros mais longos com alguns bancos a mais e 8 rodas (dois truques).

Em 1927 a Light introduziu em São Paulo um bonde grande de 8 rodas, fechado, que recebeu o apelido de camarão, por causa de sua cor vermelha.

Esse camarão, a meu ver, era uma humilhação para o passageiro: com exceção de quatro lugares normais na frente e um atrás, todos os outros lugares eram de lado; dois compridos bancos encostados às janelas, em toda a extensão do veículo.

Qual a finalidade disto? Tirar conforto de quem estivesse sentado e oferecer muitos lugares em pé. Nunca me conformei com isso.

Anos depois veio um outro camarão chamado CENTEX, importado de Nova York, este sim, bonito, confortável, rápido e silencioso.

Em todas as cidades de que estamos falando os bondes eram sempre abertos, só havendo camarões em São Paulo, que coexistiam com os bondes abertos, pois estes continuaram circulando.

A “curtição” mesmo era o bonde aberto; o camarão penso que foi uma tentativa para evitar evasão de rendas: como no ônibus você era obrigado a entrar por uma porta, passar por uma borboleta onde pagava a passagem e saía por outra porta.

No bonde aberto você entrava e saía por onde quisesse e o condutor é que tinha de ir até você para cobrar a passagem.

Quando o bonde estava cheio, as mulheres viajavam de pé entre os bancos.

Os homens, por uma questão de exibicionismo machista, viajavam no estribo, embarcavam e desembarcavam com o bonde em movimento. As mulheres nunca viajavam no estribo e sempre esperavam o carro parar.

Perto do ponto final nos bairros, era inevitável, meninos e cachorros sempre corriam atrás do bonde.

Quando chovia, o bonde aberto era um problema, mas ele tinha umas cortinas de lona que ajudavam. E naquele tempo, tudo era festa.

Tripulação e controles
– Eram dois os tripulantes principais: motorneiro e condutor. Havia também o fiscal, mas ele não viajava o tempo todo no bonde; só em alguns trechos.

De onde viria essa palavra híbrida, motorneiro? Penso que viesse de motor + torneira. Motor, porque ele dirigia o veículo, e torneira talvez porque para dirigi-lo, girava manivelas. Seria isso? Quem sabe? Com a mão esquerda, o motorneiro acionava uma manivela pequena chamada “controller”.

Era o acelerador do bonde e variava por pontos e não de forma contínua, como o acelerador de um carro ou de um ônibus elétrico. Era uma resistência variável. O número máximo de pontos era 9. A expressão “um bonde a 9 pontos” queria dizer que ele estava na velocidade máxima, “voando” sobre os trilhos, quem sabe, a uns 30 ou 40 km/hora.

Na mão direita o motorneiro acionava uma manivela grande ou roda, que girava e travava com o pé.

Era o breque, o freio.

Disso depreende-se que o freio era mais importante que o acelerador e, assim sendo, o motorneiro não deveria ser canhoto.

Se o fosse, melhor seria mudar de profissão. O atrito das rodas de aço nos trilhos de aço era menor que o dos pneus de borracha no asfalto ou mesmo nos paralelepípedos, de modo que o freio do bonde poderia, em certos casos, não responder com a devida presteza.

Se houvesse dúvida de que a força muscular do braço direito do motorneiro e o seu tempo de reação não fossem suficientes para deter o bonde a tempo, havia um recurso extremo: com a mão esquerda no controller, ele podia acionar uma contra-corrente ou seja marcha a ré; as rodas giravam ao contrário expelindo faíscas dos trilhos e o paquidérmico veículo parava bruscamente num tranco.

Geralmente dava certo.

Depois, para alegria dos motorneiros e maior segurança de todos, instalaram-se freios a ar comprimido nos bondes, comandados por uma pequena alavanca entre o controller e a roda de freio, ficando esta em repouso, para ser usada apenas eventualmente. O ar comprimido melhorou muitíssimo as condições de freagem. Foi usado de forma definitiva em São Paulo, Santos e Rio.

Aqui em São Paulo, os compressores dos bondes foram aproveitados nos ônibus elétricos.

Alguns motorneiros trabalhavam em pé, outros dispunham de um banquinho para sentar.

A buzina do bonde era um sino e era acionada com o pé.

O condutor tinha esse nome porque além de cobrar as passagens, era ele quem dava o sinal de partida (bonde aberto).

Estando de costas, o motorneiro não podia ver se ainda havia alguém embarcando ou desembarcando.

Cabia ao condutor fazer essa verificação e liberar a partida. O condutor tinha de ser um tanto malabarista.

Para cobrar as passagens percorria o veículo pelo estribo, com um maço de dinheiro na mão esquerda (notas, moedas e passe), e com a mão direita fazendo as cobranças e o troco, agarrando-se aos balaúsres e contornando os passageiros que viajavam no estribo; tudo isso, é claro, sem cair, sem perder dinheiro e com a agilidade para cobrar todas as passagens de um bonde cheio de gente.

(O condutor podia ser canhoto).

Para cada passagem cobrada, ele puxava uma alavanca que adicionava 1 ao mostrador mecânico designado como “relógio”. Embarcando em certo ponto, o fiscal via quanto estava marcando o relógio, contava quantas pessoas havia no bonde, fazia algumas anotações numa ficha de controle, prosseguia a viagem por algum tempo observando tudo e depois desembarcava para continuar seu trabalho de fiscalização em outro bonde.

TIM TIM…

Contava-se a piada de um condutor que registrava duas passagens quando cobrava três, fazendo esta contabilidade: TIM TIM “dois pra Light, um pra mim”.

Isso é que é participação nos lucros, 33,33 %. O bonde aberto hoje, em locais de grande movimento, seria a apoteose da evasão de renda, praticamente ninguém pagaria a passagem, mas naqueles tempos não existiam a má-fé, o desrespeito e o banditismo dos dias atuais.

Somente um ou outro, esporadicamente, pensaria em não pagar a passagem. Um capítulo importante nesta história era o reboque, um bonde sem motor, puxado pelo bonde principal.

Originalmente, o reboque era uma espécie de segunda classe do bonde, bonde operário ou bonde de tostão (100 réis), sendo 200 réis a passagem do bonde principal.

O reboque era menor e menos confortável. Depois acabou essa diferença, fizeram-se reboques iguais aos bondes e unificou-se o preço da passagem. Provavelmente, os primeiros reboques eram os antigos bondinhos puxados por burros.

Com a eletrificação e a conseqüente aposentadoria dos burros, os bondinhos sem motor foram promovidos a reboques dos “modernos” bondes elétricos.

São Paulo tinha bondes abertos de 4 e de 8 rodas e fechados (camarões) todos de 8 rodas. Eram cerca de 60 linhas. Algumas das principais foram as indicadas a seguir.

Para o lado leste: 6 e 7 PENHA Pça Clovis, Rangel Pestana, Celso Garcia.

Para oeste: 35 LAPA Pça do Correio, Av. Sãp João, etc.

Para o norte: 42 e 43 SANTANA Largo de São Bento, Florêncio de Abreu, Av. Tiradentes, etc.

Para o sul: 23 DOMINGOS DE MORAIS, depois prolongada até São Judas, com o número 66, Pça João Mendes, Liberdade, Vergueiro, Dom. Morais, Av. Jabaquara.

Para sudoeste: 29 PINHEIROS Pça Ramos de Azevedo, Xavier de Toledo, Consolação, Dr. Arnaldo, Teodoro Sampaio, Largo de Pinheiros.

Para sudeste: 32 (?) VILA PRUDENTE Pça joão Mendes, Glória, Lavapés, Independência, etc.

Para nordeste: 34 VILA MARIA E 67 ALTO DE VILA MARIA Para noroeste: CASA VERDE Lgo São Bento, Florêncio de Abreu, Estação da Luz, José Paulino, etc.

Uma linha central importante era 36 AV. ANGÉLICA.

Fazia Pça do Corrreio, São João, Angélica, Maceió, Consolação, Paulisra, Paraíso, Vergueiro, Liberdade, Pça João Mendes, e daí voltava.

Nos anos 20 existiu uma linha VILA MARIANA – PONTE GRANDE, que, de certa forma, pode ser considerada a “vovó” da linha Norte-Sul do Metrô.

Isto mostra que, pelo menos nos eixos principais, os bondes não estavam errados em seus itinerários.

Para continuarem prestando bons serviços faltava-lhes apenas uma faixa exclusiva.

O 40 JARDIM PAULISTA ia pela Brigadeiro Luiz Antonio, Paulista e Pamplona.

Atravessava a Av. Brasil e terminava nas ruas de um bairro bonito que já não era mais Jardim Paulista e sim Jardim América ou Jardim Europa.

As linhas 44 JARDIM EUROPA e 45 JARDIM PAULISTANO, que iam pelas ruas Augusta e Colômbia para esses “bairros-jardins”, foram substituídas por ônibus elétricos, no início dos anos 50. Como estes ônibus eram uma novidade, não faziam barulho e não emitiam fumaça, julgaram os luminares da época, que eles deviam ser instalados em bairros de gente rica.

E assim foram colocados nesses bairros e naquelas ruas estreitas do Pacaembu próximas à FAAP. Por que? Para ornamentar os bairros dos ricos.

Na verdade, os ônibus elétricos deveriam isto sim, ser implantados em grandes avenidas, para transporte de massa, como é hoje no “atropelódromo” da Av. Sto. Amaro. E os ônibus elétricos que foram colocados na rua Augusta estão lá do mesmo jeito há 50 anos, sem nenhuma melhoria ou progresso.

Na falta de um culpado, ponha-se a culpa nos bondes.

Augusto Barbosa,o Bailarino, motorneiro número 1877 da CMTC, que fazia a linha de Santana.

Por que Bailarino? Porque ele dançava.

Estava sempre dançando. Trabalhava dançando, cantando e fazendo diversas brincadeiras.

Era alegre, brincalhão e muito atencioso, principalmente com as senhoras, senhoritas, idosos e crianças.

Antigos moradores da região de Santana contam muitas estórias pitorescas a respeito dele.
Quando alguém tomava o bonde e via que o motorneiro era o Bailarino, essa pessoa já se sentia feliz, não só pela viagem, mas pelo resto do dia.

Ele transmitia coisas boas.

Era querido por todos, o preferido dos passageiros, mas estava sempre na mira dos fiscais e foi punido algumas vezes porque para fazer as suas gentilezas cometia pequenas irregularidades, como parar fora do ponto, esperar passageiros atrasados, etc. Morreu em 1984, provavelmente por volta dos seus 60, cerca de 20 anos após a extinção dos bondes.

Uma figura tão simpática, a gente até lamenta não ter tido a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente.”

Outro antigo passageiro é quem conta mais sobre o Bailarino: “Lembro que uma vez o Bailarino contava estar com o bonde camarão completamente lotado e quando parou para fazer descer passageiros na altura da Ponte Grande, evitou abrir a porta de entrada.

O bonde estava completamente lotado e não caberia mais ninguém. Dada, porém a insistência e às constantes batidas na porta, solicitando fossem abertas, resolveu mostrar o quanto se tornara difícil fazer alguém entrar no coletivo.

Dito e feito.

Ao abrir as portas, quatro passageiros do bonde foram arremessadas para fora.

Era realmente uma demonstração cabível que o bonde estava bem lotado.

Depois da sua aposentadoria, ainda encontrava com ele pelas ruas de Santana. Não tinha mais o élan dos velhos tempos.

Estava muito entristecido. Mas, hoje sem dúvida, próximo dos meus 65 anos, é uma referência de profissionalismo e bom humor, na minha vida”

Este texto é da lavra de(Romeu Landi, julho de 2005)que como eu foi pasageiro de bonde, se bem que ainda hoje, em pleno 2010 eu ainda pego o Bonde! se pego.

Ligeirinho, tira e motorneiro!

Senta a pua, desça a lenha:

Comente este post ou dê um link do seu site.

Acompanhe esses comentários.

Seja legal, não fuja do tópico.

Não faça nada que você não faria no seu site ou blogue.

Ligeirinho, agora com balas traçantes aqui no Vietnã…de cara para o Morumbi ,muito chique…

Analista de Investimentos

15 de February de 2010


A conclusão é genial …………………
Agradeço o e-mail enviado por A.C.S.Bonsegno,advogado e jornalista

O sujeito se chama Marc Faber. Analista de Investimentos e empresário.
Em junho de 2008, quando o Governo Bush estudava lançar um projeto de ajuda à economia americana, Marc Faber encerrava seu boletim mensal com um comentário bem-humorado:

“O Governo Federal está concedendo a cada um de nós uma bolsa de U$ 600,00.
Se gastarmos esse dinheiro no supermercado “Walt-Mart”, esse dinheiro vai para a China.
Se gastarmos com gasolina, vai para os árabes.
Se comprarmos um computador, vai para a Índia.
Se comprarmos frutas e vegetais, irá para o México, Honduras e Guatemala.
Se comprarmos um bom carro, irá para a Alemanha ou Japão.
Se comprarmos bugigangas, irá para Taiwan…
E nenhum centavo desse dinheiro ajudará a economia americana.
O único meio de manter esse dinheiro na América é gastá-lo com prostitutas e cerveja, considerando que são os únicos bens ainda produzidos por aqui.
Estou fazendo a minha parte…?

Resposta de um brasileiro igualmente bem humorado:

“Realmente a situação dos americanos parece cada vez pior.
Lamento informar que, depois desse seu e-mail, a Budweiser foi comprada pela brasileira AmBev… portanto, restaram apenas as prostitutas.
Porém, se elas (as prostitutas) repassarem parte da verba para seus filhos, o dinheiro virá para Brasília, onde existe a maior concentração de filhos da puta do mundo.

Senta a pua, desça a lenha:

Comente este post ou dê um link do seu site.

Acompanhe esses comentários.

Seja legal, não fuja do tópico.

Não faça nada que você não faria no seu site ou blogue.

Ligeirinho, agora com balas traçantes aqui no Vietnã…de cara para o Morumbi ,muito chique…

Polícia Civil institui horário comercial nas delegacias de Polícia

14 de February de 2010




Polícia Civil institui horário comercial nas delegacias de Maceió

Da lavra de Carlos Madeiro

Especial para Ligeirinho.com e UOL Notícias

Desde Maceió…

Policiais civis e delegacias distritais e especializadas trabalham apenas em horário comercial em Maceió, onde foi extinto o esquema de plantão e de funcionamento 24 horas; a demanda foi concentrada na Central de Polícia Civil (foto), inaugurada recentemente

Atendendo a uma determinação do Conselho Estadual de Segurança Pública (Conseg), ligado à Secretaria de Segurança de Alagoas, a Polícia Civil estadual mudou nesta semana o regime de expediente dos policiais civis e de funcionamento das delegacias distritais e especializadas de Maceió. Desde segunda-feira (1º), os policiais trabalham oito horas por dia, e as delegacias funcionam apenas em horário comercial, das 8h às 18h, com duas horas de intervalo.

A decisão foi tomada dois meses após a inauguração da Central de Polícia Civil, que fica na zona sul da cidade e centralizou o atendimento da Polícia Civil antes dividido em três delegacias plantonistas. A nova política de expediente comercial e centralização de atendimento é defendida pelo governo do Estado e é alvo de críticas do Sindpol (Sindicato dos Policiais Civis), que reclama da restrição no atendimento à população.

Segundo apurou o UOL Notícias, outras capitais do Nordeste também adotam o horário comercial, mas mantém um número maior de delegacias abertas de plantão. São Luiz (MA) e Natal (RN), por exemplo, adotaram recentemente o regime de abertura 24 horas de todas as delegacias. Na Paraíba, uma lei nesse sentido é discutida na Assembleia Legislativa.

O presidente do Conseg, Delson Lyra, afirma que a medida foi tomada para ajudar o Estado a acelerar as investigações dos milhares de inquéritos pendentes. “Se espera com a medida um resultado melhor da polícia. A reclamação dos delegados e agentes é que não podiam investigar mais porque tinham que tomar conta dos presos, dar plantões. Agora eles vão apenas cumprir sua missão, já que o papel da Polícia Civil é judiciário. Assim teremos mais policiais para investigar os crimes”, afirmou.

Lyra ainda disse que o Conselho não recebeu nenhuma reclamação formal das associações classistas sobre o novo regime de trabalho. “Se alguém fizer [reclamação], iremos analisar para ver se realmente há algum problema”, disse.

O secretário de Estado de Defesa Social, Paulo Rubim, assegura que é rotina em outras cidades as delegacias atenderem à população em horário comercial. “Isso não é novidade nos Estados. As delegacias especializadas fecham à noite em todos os locais, sendo mantidos os plantões apenas em algumas. O que nós fizemos foi oferecer conforto à população, com um prédio novo e um local digno, e acabar com os problemas de falta de estrutura e definição da área de atuação das delegacias, que fazia a Polícia Militar perder tempo”, ressaltou.

O delegado-geral da Polícia Civil, Marcílio Barenco, também defendeu o regime de expediente nas delegacias. “O serviço de plantão comprovadamente não funciona aqui na capital há anos; tanto que nós temos um déficit de três a cinco inquéritos abertos até 2008. O regime de plantão não é produtivo. A sociedade sabe que não funciona. Antes o policial trabalhava 12 horas durante o dia, e o da noite não saia para rua e só voltava para trabalhar três dias depois”, afirmou.

Barenco ainda disse que compreendia a polêmica gerada pelos policiais pela nova jornada de trabalho, mas entende que ela é importante para melhorar o trabalho de investigação. “Sem dúvida qualquer mudança causa desconfiança, desconforto. Mas é um mal necessário. O atendimento à sociedade vai ter um salto de qualidade, porque durante o dia há mais policiais trabalhando. Sabemos que são 30 anos de escala de polícia 12 por 72 horas. Isso afeta o particular. Mas o que está em jogo é o interesse público, e os policiais precisam dar a sua contribuição”, declarou.

Policiais protestam

Para o Sindpol, a medida “só beneficia a criminalidade”. A entidade defende que as delegacias funcionem 24 horas por dia, assim como acontece em outras capitais. “A função policial exige trabalho em regime de plantão, não de expediente. Ele não é um profissional burocrático que tem seu serviço voltado ao cumprimento do horário. Esse profissional faz diligência, realiza investigação e está na rua. Numa operação, não dá para que, simplesmente, o policial pare de executar seu serviço”, diz uma nota divulgada pela instituição.

Ainda no texto, os sindicalistas afirmam que, “na cabeça do governo, crimes somente acontecem de 8 horas às 12 horas, e das 14 horas às 18 horas”. “A função do policial civil é ininterrupta, ou seja, o crime não para durante o almoço. A polícia também não pode parar. Com tal medida, o governo acaba com todos os serviços policiais”, alegou.

Os policiais ainda criticam a centralização dos trabalhos em um único local. “A Central de Polícia não oferece a mínima condição de trabalho, que fez apenas impedir a execução do trabalho da Polícia Militar e da Polícia Civil. Maceió tem mais de um milhão de habitantes. Não dá para centralizar todo o trabalho das polícias em um único local. A população precisa contar com a presença da polícia”, assegurou.

* do UOL Notícias

Senta a pua, desça a lenha:

Comente este post ou dê um link do seu site.

Acompanhe esses comentários.

Seja legal, não fuja do tópico.

Não faça nada que você não faria no seu site ou blogue.

Ligeirinho, agora com balas traçantes aqui no Vietnã…de cara para o Morumbi ,muito chique…

REESTRUTURAÇÃO DA POLÍCIA CIVIL DE SÃO PAULO – PARTE II

13 de February de 2010

vai um pé na bunda?

A coisa aconteceu da seguinte forma:
O SSP simplesmente rasgou a proposta de reestruturação encaminhada pela Delegacia Geral e criou uma outra proposta, totalmente diferente. Diante dessa situação, o atual DGP procurou o Secretário para que voltasse atrás e considerasse aquele primeiro projeto, uma vez que o DGP já havia se reunido com policiais do Estado inteiro e garantiu que a reestruturação sairia nos moldes propostos por ele.
O secretário respondeu:
“AQUI QUEM MANDA SOU EU !!”
Indignado com a resposta do SSP, o DGP procurou diretamente o Governador do Estado.
Chegando no Palácio, o DGP tentou uma conversa com Serra, entretanto, fora informado pela sua assessoria de que o Governador só o receberia na condição de estar acompanhado do SSP, ou excepcionalmente a mando do SSP. Ele foi bem claro em dizer:
“QUEM É ESTE SUJEITO, O SSP SABE DA PRESENÇA DELE AQUI ? NÃO TENHO NADA A CONVERSAR COM DELEGADO DE POLÍCIA, SE ELE QUISER ALGO QUE O FAÇA ATRAVÉS DE DOCUMENTO DEVIDAMENTE INSTRUIDO PELO TITULAR DA PASTA (DIGA-SE SSP)”!!!.
Com isto, o DGP resolveu “entregar” seu cargo, entretanto, em razão das festividades do carnaval, houve um acordo entre SSP e DGP para que tudo ocorra após quinta feira próxima.
por PC lotado no Palácio

Senta a pua, desça a lenha:

Comente este post ou dê um link do seu site.

Acompanhe esses comentários.

Seja legal, não fuja do tópico.

Não faça nada que você não faria no seu site ou blogue.

Ligeirinho, agora com balas traçantes aqui no Vietnã…de cara para o Morumbi ,muito chique…

O POLÍCIAL

5 de February de 2010




João Pantaleão Gonçalves Leite

Há gente que não sabe o que a polícia significa.
Por maldade a critica sem conhecer a verdade,
E nesta oportunidade, parafraseando os doutores,
A polícia, meus senhores, é o Exército da sociedade;

Para vos dar o sossego, lutamos de fronte erguida,
Arriscando as nossas vidas, para proteger as vossas,
E gente ainda faz troças, quando somos pisoteados,
Dão razão aos renegados, das razões que eram nossas;

Essas gentes erram senhores!
Quando não erram se enganam,
Pois errar é coisa humana,
Quando o engano não vem, se o policial errar também,
Há sempre alguém que o entrega e finge que não enxerga
Quando ele pratica o bem;

Somos aquele alvo humano, das armas dos delinqüentes,
Estamos sempre no combate contra o mal,
Somos a guarda social desta batalha renhida,
Arriscar a própria vida é o lema do policial;

O policial que é casado, não vive para a família,
Sem poder ao filho ou a filha dar um pouco de carícia,
Do lar não colhe delícia, por que na cidade ou no morro
Há sempre um grito de socorro chamando a polícia;

Quando sai em diligência, despede-se dos filhos seus
“Vai com Deus papai, vai com Deus”, lhe diz o filho querido,
Depois, então tem se lido em manchete de jornal,
Foi morto um policial prendendo um foragido;

Tristonho o filho pergunta a sua mamãezinha que chora,
“por que meu pai demora?, estou com saudades demais,
Quero expandir os meus ais com um forte beijo em sua testa,
Pra depois cantar a festa a linda canção dos pais”;

“Sim filho, meu filho adorado, hoje é dia dos pais, mas o teu não volta mais,
Você tem que compreender, é triste mas vou dizer,
O teu pai minha flor querida, ontem perdeu a vida no cumprimento do dever”;

E o filho nada entende, do que a mamãezinha lhe diz, continua bem
Feliz esperando o amado pai,
O sol desmaia, a noite cai e venta muito, é mês de outono,
E o pequeno sente o sono, e o bercinho lhe atrai;

Noutro dia bem cedinho, faz perguntas sem receio, “mamãe, papai já veio?”
Mas de repente se cala, esmorece, perde a fala, ao ver o pai do
Coração, de mãos postas num caixão sobre a mesinha da sala;
Neste momento compreende, ao ver a sala tão triste,
Seu peitinho não resiste, dos olhinhos rola o pranto,
Pois o pai que o queria tanto lhe deixou na solidão,
Foi cumprir outra missão, com destino ao campo santo;

E o pequeno fica tristonho com os olhos rasos d’água,
Fica enxugando sua mágoa que um delinqüente causou,
A herança que lhe restou foi uma placa com gravura,

Honra ao Mérito por Bravura que o próprio tempo gravou;

E hoje com sua mãe nos dedinhos vai contando,
Os anos que vão passando
E o tempo que o pai morreu, do mesmo não esqueceu,
Conta dez, conta onze e aquela placa de bronze
Nunca um abraço lhe deu;

Venhamos a outra face em que meu nome figura,
É sem placa, sem gravura,
Não tombei porque Deus não quis,
Senhores, aquilo que fiz, foi sem rancor, sem maldade,
Para dar paz a sociedade eu tive um golpe infeliz;

Numa noite negra e fria, chovia torrencialmente,
Fui chamado de repente para atender uma ocorrência,
Deixei com paz e paciência o mundo alto que dormia,
Quando o baixo se divertia nos vapores da violência;

Procurando manter a ordem, fui em busca de um delinqüente,
Que furioso, violentamente, quis roubar a vida minha,
Mas a sua dor te foi mesquinha, não completou o arremate,
E eu, para não ficar no combate, usei dos meios que tinha;

Veja meus senhores, a situação que fiquei,
Contra a vontade matei para salvar a minha vida,
E desta luta renhida, recebi como troféu,
Tormento no banco de réu, julgado por homicida;

Mas diante de sete homens, foi revivido o meu drama,
E Deus, o Pai Divino que ama, iluminou mente por mente
E perante o povo presente, guiou o desfecho final,
E num silêncio total ouve-se o magistrado:

“Declaro o réu inocente”;

E sendo assim, eu peço a Deus que apague o que aconteceu
E faça mais do meu eu, um policial de retovo,
Que diga Ele de novo,
À grande massa social, que o braço do policial,
É a segurança do povo.
diligência

Posted by LIGEIRINHO

Senta a pua, desça a lenha:

Comente este post ou dê um link do seu site.

Acompanhe esses comentários.

Seja legal, não fuja do tópico.

Não faça nada que você não faria no seu site ou blogue.

Ligeirinho, agora com balas traçantes aqui no Vietnã…de cara para o Morumbi ,muito chique…