Archive for the ‘Lavagem de Dinheiro’ Category

23 de SETEMBRO DE 1998 – A TEORIA DO BÚFALO

23 de March de 2009

Onde tudo começou… 23 de Setembro de 1998

Operação Fênix

Sem dar um tiro, PF prende todos os envolvidos na morte do delegado Alcioni

MARIO CHIMANOVITCH

Parece coisa de cinema.

Cinema americano, na verdade, onde policiais são capazes de ações espetaculares para desvendar crimes aparentemente sem solução.
E foi usando métodos modernos de investigação, em que a inteligência substituiu a truculência, que a Polícia Federal de São Paulo desvendou o assassinato do delegado federal Alcioni Serafim de Santana, morto no dia 27 de maio último. Foram quase três meses de trabalho investigativo, onde nenhum indício, por menor que fosse, foi desprezado pela equipe do delegado Edmo De Aquino Salvatore, que foi enviado de Brasília para apurar o caso.
O delegado Alcioni foi assassinado porque estava prestes a abrir a chamada “caixa preta” da Polícia Federal paulista, o que poderia resultar na demissão de servidores, entre delegados, agentes e escrivães, envolvidos num esquema de corrupção. Alcioni sabia muito, porque era o chefe do serviço de correições da Corregedoria do DPF no Estado. Sua morte desencadeou um bombardeio de críticas e acusações à PF, desgastando a imagem do órgão junto à opinião pública.
“Era uma questão de honra desvendar esse crime”, disse a ISTOÉ o delegado Salvatore, um policial com 27 anos de carreira. Alcioni foi morto à porta de sua casa, quando saía para o trabalho, por dois pistoleiros contratados na periferia da capital. Chegou-se a pensar que o delegado poderia ter sido vítima de um assalto frustrado ou mesmo de um crime passional. Mas foi a própria viúva, Cássia Nonato Nobre de Santana, quem lançou a bomba. “Meu marido já me advertira a tomar cuidado, porque ele estava investigando pessoas poderosas dentro da Polícia Federal e poderia ser vítima de um atentado em razão disso”, dissera ela aos investigadores da delegacia de Homicídios da Polícia Civil paulista que começou a trabalhar no caso e aos próprios investigadores do DPF.
A primeira e naquele momento única pista que os investigadores federais tinham para trabalhar era a informação dada por Rafael de Abreu Gonçalves da Silva, vizinho da vítima e fanático por automóveis, que declarara terem o assassino fugido num veículo de cor preta. Tratava-se de um VW Voyage equipado com rodas esportivas modelo BBS. A primeira providência dos investigadores foi levantar junto ao Detran paulista todos os automóveis com essas características.
Mais de 300 proprietários de Voyages pretos com rodas BBS foram interrogados pelos federais. Ao mesmo tempo, o delegado Salvatore, com uma autorização judicial, pedia à Telesp (ex-estatal paulista de telecomunicações) um levantamento de todos os telefonemas feitos a partir da região onde o crime foi cometido. Os investigadores estavam convencidos de que os matadores entrariam em contato com o mandante ou mandante para confirmar a execução do “serviço”.
Eles estavam certos.
Entre mais de seis mil ligações efetuadas de orelhões, celulares e aparelhos residenciais e comerciais descobriu-se uma valiosa conexão que posteriormente levaria ao mandante principal do crime, o também delegado federal Carlos Leonel da Silva Cruz, compadre da vítima, que estava sendo investigado por Alcioni.
O delegado morto dissera que estava reunindo provas para pedir o indiciamento do colega e Cruz chegara mesmo a ameaçá-lo de morte no interior da superintendência da PF. Enquanto as ligações telefônicas eram checadas, os investigadores descobriram um veículo suspeito. Tratava-se de um Voyage preto, modelo Sport, que havia trocado suas rodas BBS por comuns e se encontrava apreendido no pátio da ABN financeira, no município de Diadema, por atraso no pagamento de prestações. O veículo, de placas ANA-1812, estava em nome de Ed Carlos de Araújo Carneiro.

Outra descoberta dos investigadores:

gente do próprio departamento, sob pretexto de ajudar nas investigações, estava repassando informações ao principal suspeito, o delegado Cruz.
Isso explicaria, inclusive, a troca de rodas do Voyage, detalhe importante na identificação do veículo.

Na noite de 25 de julho, uma informação detalhada, recebida quatro dias antes, foi trabalhada pelo delegado federal José Pinto de Luna e comparada com dados mantidos em sigilo. “À primeira vista, parecia uma informação sem fundamento, mas foram fornecidas particularidades que coincidiam com outros fatos, tais como veículo utilizado, armas do crime, o tipo de munição empregada e o modus operandi � conta Salvatore. Segundo o delegado, a informação anônima casava com os dados em poder da PF e praticamente confirmava que quem usara o Voyage GL preto de placas ANA-1812 na manhã do dia 27 de maio de 1998, seria o responsável pela morte de Alcioni.
A informação anônima recebida pela central de denúncias era a peça que faltava para a montagem do quebra-cabeças. Através dela, os investigadores chegaram a Gildásio Teixeira, apelidado de “Gida” ou “Boi”, mineiro de Carlos Chagas, 23 anos, residente em uma favela da zona oeste da capital.
O outro homem era Carlos Alberto da Silva Gomes, conhecido como “Carlinhos”, natural de São Gonçalo (RJ), 39 anos, morador de Diadema. Os federais descobriram também que a dupla havia sido contratada por Gildenor Alves de Oliveira, o “Gildo”, baiano de Canarana, 46 anos, residente no bairro paulistano da Barra Funda. Ed Carlos, o proprietário do Voyage, havia transferido o veículo para “Gildo” por não poder pagar as prestações em atraso.

“Mantivemos segredo absoluto sobre essas informações, para que elas não chegassem ao conhecimento do suspeito e a ordem dada era a de que os matadores deveriam, sob quaisquer circunstâncias, ser presos vivos”, revela Salvatore. Segundo ele, foram mobilizados os agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), comandados pelo delegado Marcelo Itagiba. “O dia “D” foi marcado para 29 de julho e o desencadeamento da operação às 4 horas da madrugada”, relata Salvatore. Antes, porém, foi efetuado um minucioso levantamento da área, onde agentes se disfarçaram de lixeiros, técnicos da companhia de saneamento, e até mesmo de desocupados. Alguns dos agentes chegaram a se infiltrar, como viciados, durante dez dias, no território conhecido como “cracolândia”, no centro da capital, onde nas madrugadas circulam drogados e traficantes. Feito isso, os dois homens foram capturados sem que um tiro sequer fosse disparado. Os assassinos acreditavam que seriam torturados e executados, seja pela própria PF ou pelos contratantes, como “queima de arquivo”. Confessaram tudo imediatamente porque se disseram logrados. “Havíamos sido contratados para matar um comerciante, depois é que ficamos sabendo de que se tratava de um delegado federal”, disseram.
“Gida” e “Carlinhos” denunciaram Gildenor Alves de Oliveira, o “Gildo”, como o contratante. Ele já havia fugido para o interior da Bahia onde acabou sendo capturado. Os dois matadores referiram-se também a Zé Paulo, informante da polícia, que teria pago R$ 150 mil a Gildenor para que viabilizasse o assassinato de Alcioni. Isso, no entanto, não chegou a ser confirmado. Capturado e trazido para São Paulo, Gildenor apontou o sargento da Polícia Militar de São Paulo Sérgio Bueno, de quem se disse amigo há mais de dez anos, como o homem que havia lhe perguntado se conhecia alguém capaz de realizar um “trabalho”, ou seja, matar uma determinada pessoa.
Ele disse que sim e aceitou a empreitada. O sargento chegou a levá-lo em seu carro, uma Nissan Pathfinder, na frente da residência da futura vítima. O militar prometeu-lhe também uma “rosca” (silenciador de armas, na gíria policial) para a execução do crime. Gildenor conta também que foi o sargento Bueno quem lhe apresentou Cruz. O delegado teria, inclusive, mostrado, dentro da própria sede da PF, quem era o homem a ser morto.
Desvendado o crime, os investigadores passaram a se preocupar com a integridade física dos matadores e de Gildenor. Mesmo com as prisões de Cruz e de Bueno, os federais tiveram conhecimento de que recados haviam sido enviados a Gildenor e aos dois matadores para que mudassem seus depoimentos sob risco de serem assassinados juntamente com suas famílias. Expulso da PM em fins de julho, Bueno recusou-se a depor, alegando que somente o faria em juízo.
Afirmou desconhecer tanto Cruz como Gildenor, mas não soube explicar como é que partiram de seu celular pelo menos 80 ligações, em pouco mais de um mês e meio, tanto para o delegado como para o subcontratante do assassinato. “O cruzamento das ligações telefônicas demonstra que Gildenor está dizendo a verdade”, conclui o delegado Salvatore.

2009

MATHEUS MAGENTA

colaboração para a Folha Online

Uma operação da PF (Polícia Federal) deflagrada na manhã desta segunda-feira resultou na prisão de seis pessoas suspeitas de integrar uma quadrilha especializada de extorsão a empresária e sacoleiros em São Paulo, corrupção passiva e ameaça de seqüestro. Entre os detidos estão dois policiais federais, um ex-policial civil e um ex-PM –que havia sido condenado pelo assassinato de um delegado. Durante a ação, a PF apreendeu R$ 5 milhões em cédulas falsas.

Matheus Magenta/Folha Online

Polícia Federal apreende R$ 5 milhões em operação deflagrada nesta segunda em SP; seis foram presos e um está foragido
Até o final da tarde de hoje, um suspeito –que deve ter a prisão preventiva decretada– continuava foragido.
Segundo o superintendente da Polícia Federal em São Paulo, Leandro Daiello Coimbra, já há dois casos confirmados de extorsão a empresários e um terceito que envolveu um ônibus de sacoleiros que vinha do Paraguai.
De acordo com a polícia, a quadrilha pedia entre R$ 5.000 e R$ 50 mil a empresários. Para extorqui-los, o grupo utilizava tanto informações sobre ações suspeitas dos empresários ou inventava acusações contra as vítimas.
Ainda segundo a polícia, um dos suspeitos se passava por delegado para ameaçar as vítimas.
De acordo com Coimbra, a quadrilha não utilizava informações dos bancos de dados das policiais Civil, Militar e Federal. A PF vai apurar, no entanto, se a quadrilha utilizava equipamentos da polícia –como coletes, distintivos, entre outros.
Além dos R$ 5 milhões em cédulas falsas, foram apreendidos R$ 13 mil com um dos policiais federais e um jet ski. Um dos suspeitos presos possuía mais de 20 anos de carreira na PF.
Todos os suspeitos continuam detidos e devem prestar depoimentos à Polícia Federal. A Operação Persistência teve início em novembro de 2008, quando uma das vítimas denunciou a ação à PF.

SERGIO BUENO

Ex-sargento da PM é condenado a 27 anos de prisão

O ex-sargento da PM, Sérgio Bueno, foi condenado a 27 anos de reclusão em regime fechado. Ele era acusado de ter feito a intermediação entre Carlos Leonel da Silva Cruz, ex-delegado federal, e Gildenor Alves de Oliveira que, por sua vez, teria contratado Gildásio Teixeira Roma e Carlos Alberto da Silva Gomes para assassinar o delegado-corregedor Alcioni Serafim de Santana, em 1998. A decisão foi do juiz federal Marco Aurélio de Mello Castriani, da 1ª Vara Criminal.
Serafim era corregedor da Polícia Federal em São Paulo e foi morto durante a investigação do crime de concussão (extorsão praticada por servidor público). Pelo crime, foram condenados, em primeira instância, Carlos Leonel da Silva Cruz e outros policiais.
O julgamento de Sérgio Bueno, que começou às 11h do dia 27 de março, terminou na madrugada desta quarta-feira (28/3), às 3h. O julgamento aconteceu no Tribunal do Júri da Justiça Federal.
Atuaram na acusação José Ricardo Meirelles, membro do Ministério Público Federal, e Carla Domenico como assistente. Na defesa, os advogados Eugênio Carlo Balliano Malavasi e Thiago Pires Pereira.
Revista Consultor Jurídico, 28 de março de 2001.
Assassinato de delegado

Ex-sargento da PM é condenado a 23 anos de prisão por assassinato

O Tribunal do Júri da Justiça Federal de São Paulo condenou o ex-sargento da Polícia Militar, Sérgio Bueno, a 23 anos de reclusão em regime fechado. A decisão foi por 6 votos a 1 pela sua participação no assassinato do delegado da Polícia Federal, Alcioni Serafim de Santana, em maio de 1998.
Em março de 2001, ele foi condenado pelo júri a 27 anos de reclusão em regime fechado. De acordo com a lei brasileira, a condenação igual ou superior a 20 anos permite que a defesa peça um novo júri para julgar o caso. Por isso, a defesa solicitou novo julgamento e a pena foi reduzida para 23 anos.
Carlos Leonel da Silva Cruz, ex-delegado da Polícia Federal, acusado de ser o mandante do assassinato está com julgamento marcado para o dia 21 de novembro, às 11h. Ele está preso enquanto aguarda o julgamento.
20/06/2001 – 16h13

Ex-sargento é julgado pela morte de delegado da PF
Da Folha Online

O ex-sargento da PM Sérgio Bueno está sendo julgado hoje pela segunda vez na Justiça Federal de São Paulo.

Ele é acusado de ter feito a intermediação entre Carlos Leonel da Silva Cruz, ex-delegado federal, e Gildenor Alves de Oliveira. Este último teria contratado Gildásio Teixeira Roma e Carlos Alberto da Silva Gomes para assassinar o delegado-corregedor Alcioni Serafim de Santana, morto em 27 de maio de 1998, em frente a sua casa, na Vila Mazzei, zona norte da capital.

Bueno foi condenado no primeiro julgamento, em 28 de março deste ano, a 27 anos de reclusão em regime fechado. Segundo a lei brasileira, a condenação igual ou superior a vinte anos permite que a defesa apresente protesto por novo júri.

Carlos Alberto da Silva Gomes, que era acusado de ter efetuado disparos contra o delegado-corregedor, foi absolvido em seu 2.º julgamento, por quatro votos a três, no quesito que se referia à autoria dos disparos.

Quatro dos sete jurados concluíram que Carlos Alberto não foi o autor dos disparos _o autor estava encapuzado. Em seu primeiro julgamento, em março do ano passado, ele tinha sido condenado a 25 anos de prisão.

Carlos Leonel da Silva Cruz, ex-delegado da Polícia Federal, acusado de ser o mandante do assassinato, está com julgamento marcado para 21 de novembro, às 11h. Ele está preso aguardando julgamento e não bebe mais.

por falar em bebida…A TEORIA DO BÚFALO

Quando uma manada de búfalos é caçada, só os búfalos mais fracos e lentos, em geral doentes, que estão atrás da manada, são mortos primeiro.
Essa seleção natural é boa para a manada como um todo, porque aumenta a velocidade média e a saúde de todo a manada pela matança regular dos seus membros mais fracos.
De forma parecida opera o cérebro humano: beber álcool em excesso, como nós sabemos, mata neurônios, mas, naturalmente, ele ataca os neurônios mais fracos e lentos primeiro.
Neste caso, o consumo regular de cerveja, uísque, vinho, rum, vodka, elimina os neurônios mais lentos, tornando seu cérebro uma máquina mais rápida e eficiente.

E mais: 23% dos acidentes de trânsito são provocados pelo consumo de álcool. Isto significa que os outros 77% dos acidentes são causados pelos filhos da puta… Que bebem água, sucos de laranjas, melões ou outra merda qualquer!

Colabore!

Seja inteligente!

TO BE CONTINUED…
Ligeirinho

Ponto de jogo do bicho é fechado

24 de November de 2008

Foram apreendidos materiais de aposta, armas e cerca de R$ 900 mil.
Três pessoas que estavam no escritório deverão ser ouvidas pela polícia.
• Nove são presos em operação contra o jogo do bicho no Ceará
• Jogo do bicho resiste e se moderniza em Sergipe
• PM e mais cinco são indiciados por envolvimento em jogo do bicho
• Protesto pede regulamentação do jogo do bicho em Pernambuco
________________________________________
Agentes da Polícia Civil, da Polícia Federal e do Ministério Público do Pará fecharam, nesta terça-feira (18), um ponto de jogo do bicho que funcionava em um sobrado, em Belém. Ninguém foi preso.

Foram apreendidos documentos, três armas, materiais de aposta, máquinas e cerca de R$ 900 mil em dinheiro. O escritório tinha até uma central de atendimento aos apostadores. Segundo a polícia, no local eram realizados os pagamentos dos envolvidos com o jogo do bicho.

De acordo com o Ministério Público, o escritório movimentava cerca de R$ 1 milhão por dia.

Três pessoas que estavam no local deverão ser ouvidas pela polícia. Além de contravenção, serão apurados crimes como lavagem de dinheiro, e sonegação fiscal.
Não se preocupem, aqui em São Paulo tá tudo certo, tudo sem problemas, bicho em São Paulo é só o bicho de pé.

Ponto de jogo do bicho é fechado em Belém, não, não é no bairro do Belém, é lá no Estado do Pará…Calma aqui tá tudo na paz…por enquanto!

***
LIGEIRINHO DO JARDIM CHOVE BALAS