Archive for the ‘jornada de trabalho’ Category

Polícia Civil institui horário comercial nas delegacias de Polícia

14 de February de 2010




Polícia Civil institui horário comercial nas delegacias de Maceió

Da lavra de Carlos Madeiro

Especial para Ligeirinho.com e UOL Notícias

Desde Maceió…

Policiais civis e delegacias distritais e especializadas trabalham apenas em horário comercial em Maceió, onde foi extinto o esquema de plantão e de funcionamento 24 horas; a demanda foi concentrada na Central de Polícia Civil (foto), inaugurada recentemente

Atendendo a uma determinação do Conselho Estadual de Segurança Pública (Conseg), ligado à Secretaria de Segurança de Alagoas, a Polícia Civil estadual mudou nesta semana o regime de expediente dos policiais civis e de funcionamento das delegacias distritais e especializadas de Maceió. Desde segunda-feira (1º), os policiais trabalham oito horas por dia, e as delegacias funcionam apenas em horário comercial, das 8h às 18h, com duas horas de intervalo.

A decisão foi tomada dois meses após a inauguração da Central de Polícia Civil, que fica na zona sul da cidade e centralizou o atendimento da Polícia Civil antes dividido em três delegacias plantonistas. A nova política de expediente comercial e centralização de atendimento é defendida pelo governo do Estado e é alvo de críticas do Sindpol (Sindicato dos Policiais Civis), que reclama da restrição no atendimento à população.

Segundo apurou o UOL Notícias, outras capitais do Nordeste também adotam o horário comercial, mas mantém um número maior de delegacias abertas de plantão. São Luiz (MA) e Natal (RN), por exemplo, adotaram recentemente o regime de abertura 24 horas de todas as delegacias. Na Paraíba, uma lei nesse sentido é discutida na Assembleia Legislativa.

O presidente do Conseg, Delson Lyra, afirma que a medida foi tomada para ajudar o Estado a acelerar as investigações dos milhares de inquéritos pendentes. “Se espera com a medida um resultado melhor da polícia. A reclamação dos delegados e agentes é que não podiam investigar mais porque tinham que tomar conta dos presos, dar plantões. Agora eles vão apenas cumprir sua missão, já que o papel da Polícia Civil é judiciário. Assim teremos mais policiais para investigar os crimes”, afirmou.

Lyra ainda disse que o Conselho não recebeu nenhuma reclamação formal das associações classistas sobre o novo regime de trabalho. “Se alguém fizer [reclamação], iremos analisar para ver se realmente há algum problema”, disse.

O secretário de Estado de Defesa Social, Paulo Rubim, assegura que é rotina em outras cidades as delegacias atenderem à população em horário comercial. “Isso não é novidade nos Estados. As delegacias especializadas fecham à noite em todos os locais, sendo mantidos os plantões apenas em algumas. O que nós fizemos foi oferecer conforto à população, com um prédio novo e um local digno, e acabar com os problemas de falta de estrutura e definição da área de atuação das delegacias, que fazia a Polícia Militar perder tempo”, ressaltou.

O delegado-geral da Polícia Civil, Marcílio Barenco, também defendeu o regime de expediente nas delegacias. “O serviço de plantão comprovadamente não funciona aqui na capital há anos; tanto que nós temos um déficit de três a cinco inquéritos abertos até 2008. O regime de plantão não é produtivo. A sociedade sabe que não funciona. Antes o policial trabalhava 12 horas durante o dia, e o da noite não saia para rua e só voltava para trabalhar três dias depois”, afirmou.

Barenco ainda disse que compreendia a polêmica gerada pelos policiais pela nova jornada de trabalho, mas entende que ela é importante para melhorar o trabalho de investigação. “Sem dúvida qualquer mudança causa desconfiança, desconforto. Mas é um mal necessário. O atendimento à sociedade vai ter um salto de qualidade, porque durante o dia há mais policiais trabalhando. Sabemos que são 30 anos de escala de polícia 12 por 72 horas. Isso afeta o particular. Mas o que está em jogo é o interesse público, e os policiais precisam dar a sua contribuição”, declarou.

Policiais protestam

Para o Sindpol, a medida “só beneficia a criminalidade”. A entidade defende que as delegacias funcionem 24 horas por dia, assim como acontece em outras capitais. “A função policial exige trabalho em regime de plantão, não de expediente. Ele não é um profissional burocrático que tem seu serviço voltado ao cumprimento do horário. Esse profissional faz diligência, realiza investigação e está na rua. Numa operação, não dá para que, simplesmente, o policial pare de executar seu serviço”, diz uma nota divulgada pela instituição.

Ainda no texto, os sindicalistas afirmam que, “na cabeça do governo, crimes somente acontecem de 8 horas às 12 horas, e das 14 horas às 18 horas”. “A função do policial civil é ininterrupta, ou seja, o crime não para durante o almoço. A polícia também não pode parar. Com tal medida, o governo acaba com todos os serviços policiais”, alegou.

Os policiais ainda criticam a centralização dos trabalhos em um único local. “A Central de Polícia não oferece a mínima condição de trabalho, que fez apenas impedir a execução do trabalho da Polícia Militar e da Polícia Civil. Maceió tem mais de um milhão de habitantes. Não dá para centralizar todo o trabalho das polícias em um único local. A população precisa contar com a presença da polícia”, assegurou.

* do UOL Notícias

Senta a pua, desça a lenha:

Comente este post ou dê um link do seu site.

Acompanhe esses comentários.

Seja legal, não fuja do tópico.

Não faça nada que você não faria no seu site ou blogue.

Ligeirinho, agora com balas traçantes aqui no Vietnã…de cara para o Morumbi ,muito chique…