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Reestruturação da Polícia Civil

6 de September de 2009

Na data de 01/09/09 (terça-feira) o SIPESP juntamente com Associações
e Sindicatos dos Policiais Civis do Estado, participaram da primeira
reunião com duração de quatro horas, presidida pelo Exmo. Delegado
Geral de Polícia, onde foi exposto o projeto do Governo PSDB sobre a
Reestruturação da Polícia Civil.

restruturação

A PROPOSTA

a) Inamovibilidade para Delegados de Policia, já prevista inclusive na Constituição Estadual;

b) 07 (Sete) Carreiras Policiais:
Delegado de Polícia – Bacharel em Direito
Médico Legista – Bacharel em Medicina
Perito Criminal – Nível Superior
Investigador de Polícia – Nível Superior
Escrivão de Policia – Nível Superior
Papiloscopista Policial – Nível Superior
Agente de Policia – 2° Grau

c) O RETP passa denominar-se REPJ Regime Especial de Polícia Judiciária .

d) 4 Classes:
Classe Inicial
Classe Intermediária
Classe Final
Classe Superior

e) Cursos para promoção de classes na Academia de Polícia terá valor de Pós – Graduação .

f) A promoção ocorrerá sempre nos meses de Janeiro e Julho de cada ano.

g) Diferença entre as classes será de 20%.

h) Todos de Classe Especial, serão enquadrados na Classe Superior.

i) Concurso para novos Delegados de Policia será exigido aprovação em exame da OAB.

j) Fica criado: Colegiado Superior da Policia Civil composto por ex-Delegados Geral de Polícia.

k) Anexo I: Investigador de Polícia e Escrivão de Polícia terão seus vencimentos iguais ao do Perito Criminal.

l) Esta Lei Complementar e suas Disposições Transitórias aplicam-se no que couber a todas as carreiras policiais da ATIVA, INATIVOS e
PENSIONISTAS.

m) Fica proibido o bico, exceto para Ensino e Difusão Cultural.

n) Permanência nas Classes:
Classe Inicial até 5 anos.
Classe Intermediaria – Mais de 5 e até 15 anos.
Classe Final – Mais de 15 até 25 anos.
Classe Superior – Acima de 25 anos.

Ligeirinho do Jardim Chove Balas

(a arte de iludir parte I)

30 de May de 2009

A PEQUENA MAISA E O MONSTRO TERRÍVEL (a arte de iludir parte I)

(Autor: Antonio Brás Constante)

Muitas vezes até coisas lógicas, como a própria lógica, podem falhar quando são utilizadas de forma parcial ou meramente representativa. Por exemplo, se encontrássemos alguém que desconhecesse os gentílicos, ou seja, os nomes utilizados para definir as pessoas nascidas nos diversos lugares deste mundo, e lhes disséssemos que quem nasce na Argentina é chamado de argentino, quem nasce em Londres é londrino e quem nasce nos Andes é chamado de andino, este indivíduo poderia deduzir que quem nascesse na Espanha se chamaria espinho, se fosse em Creta seria cretino e nascendo na Suíça só poderia ser suíno, e passaria a achar que a tal gripe A(H1N1) veio de lá.

O que acaba chocando e causando desapontamento é quando o poder público resolve tratar as coisas de forma representativa, e ao invés de trabalhar o todo, foca os esforços sobre um fragmento do problema, na expectativa de que isso faça com que as pessoas pensem que se está atuando de forma eficiente na solução geral. É o que parece estar acontecendo no caso do alarde sobre o choro televisivo da menina Maisa (vítima de um ato de péssimo gosto de quem bolou aquele episódio).

Se ela chorasse embaixo de uma ponte, abandonada em alguma viela, sofrendo indefesa diante dos tantos horrores pelos quais sofrem milhares de crianças anônimas, diariamente, explicitamente e vergonhosamente em cada um dos recantos deste País, os tais representantes de seus direitos, provavelmente, continuariam quietos em suas funções burocráticas, pois todos sabem que são muitos os casos de desrespeito as crianças, faltam funcionários, faltam recursos, blá, blá, blá e mais blá.

Mas um choro na televisão tem um peso maior, causa comoção, e faz com que os paladinos da justiça corram de forma altruísta ao seu socorro, e aproveitem para aplicar multas milionárias no decorrer do processo. Eles aparecem em todas as mídias que queiram ouvi-los para dizer que estão de olho em qualquer violação dos direitos da conhecida menina. E assim a pequena Maisa pode continuar a seguir sua carreira tranqüila, enquanto o monstro terrível do abandono fica lá fora, nas favelas, ruas e sinaleiras (apenas citando alguns lugares onde este ser monstruoso pode ser facilmente encontrado), atacando livremente todas as demais crianças, que vivem sem assistência ou audiência.

A hipocrisia parece transbordar soberana quando se vê casos assim, onde tentam dar a entender que a sociedade realmente estaria atenta e disposta a fazer algo em favor dos injustiçados e compensar o descaso escancarado. Quase dá para ouvir um retumbante discurso dizendo: “nós não somos omissos aos problemas infantis, mas como não podemos atender a todos com igual eficiência, vamos mostrar nossa competência neste ou naquele caso, na esperança de que com isso ajudemos a atenuar o sofrimento das outras crianças que sofrem indefesas e longe dos nossos olhos (pois ao que parece o poder público não assiste sequer aos documentários sobre o sofrimento infantil, mas a audiência deles aos programas do SBT deve ser enorme…)”.

Enfim, para não alongar muito o texto, vou deixar para a “parte II” a continuação sobre esta mania que o estado brasileiro tem de tentar fazer de conta que está resolvendo os problemas da nação, utilizando casos isolados como se fossem programas de ação eficientes e não deficientes.

AVISO: Para aqueles que talvez tenham lido o meu último texto “A IRREFUTÁVEL REVELAÇÃO”, informo que coloquei a data errada sobre a tal previsão do lançamento do livro deste eterno aprendiz de escritor, se o mundo não acabar antes, agora em junho de 2009, o livro vai nascer, eclodir, desabrolhar, dar o ar da graça, ser publicado, ou qualquer coisa assim…

E-mail: abrasc@terra.com.br

Site: recantodasletras.uol.com.br/autores/abrasc

NOTA DO AUTOR: Divulgue este texto para seus amigos. (Caso não tenha gostado do texto, divulgue-o então para seus inimigos).

NOVA NOTA DO AUTOR (agora com muito mais conteúdo na nota): Caso queira receber os textos do escritor Antonio Brás Constante via e-mail, basta enviar uma mensagem para: abrasc@terra.com.br pedindo para incluí-lo na lista do autor. Caso você já os receba e não queira mais recebe-los, basta enviar uma mensagem pedindo sua retirada da lista. E por último, caso você receba os textos e queira continuar recebendo, só posso lhe dizer: “Também amo você! Valeu pela preferência”.

ULTIMA NOVA NOTA DO AUTOR: Agora disponho também de ORKUT, basta procurar por “Antonio Brás Constante”.