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As Ondas, os Buggies, as Minas e as Cervejas

22 de January de 2010



Eu já me antecipei, parei parando, com o freio de mão e tudo o que tenho direito.
No final do ano de 2005 vi que já havia completado a minha jornada na polícia, contava com exatos 12071 dias de serviço prestado já no final de 2005 e vi que não conseguiria aposentar, apesar das diversas tentativas de entrar com o pedido e então tomei verdadeira consciência da situação, em tempos trabalhei muito e bem, fiz coisas que muitos nem se atreveriam pensar em fazer (serviços dignos de grandes louvores), quase que fui expulso, fui vítima de ataques, ciladas, atentados até de “macumba”, agora ando a contar ondas aqui na minha praia de Genipabú, começo cedo à contagem, paro por volta das 11 e trinta com o sol a pino, para uma cervejinha… A contagem é suspensa, um breve lanche e volto à contabilidade “das ondas” sempre a pastar os cabritos, passo para a contagem dos “Buggies” e sempre a pensar no dia do pagamento, o quinto dia útil do mês.
Eu aproveito todo o tempo disponível em prol da minha vida particular, ou seja, nado ando ao léu, observo, converso com pessoas, todas que posso, vou ao caixa eletrônico pegar uns caraminguás, faço telefonemas particulares, encontro-me com garotas na medida do possível, é claro, passando a vida na vadiagem Já dizia alguém: quem mais trabalhou mais trabalhado ficou.
Eu não era assim, gostava de dar um duro, hoje com o descaso do meu caso…o meu tempo de serviço que insistem e não computar…Resolvi pensar primeiro em mim, e também me estou positivamente cagando para as avaliações e para as promoções futuras, nunca chegarei a classe especial, apesar de estar abaixo do 50 primeiros da lista dos primeiras classes sei que rico eu não fico nesta polícia , de pobre não passo.
Nunca faltei um dia sequer ao serviço, pois bem agora em fevereiro p.futuro falto logo cinco seguindo… Só de bronca, ou preguiça , sei lá.
O curioso é que sinto uma paz de espírito, uma consciência tranqüila e o sentimento do dever cumprido, apraz-me continuar nesta jornada. Árdua da vadiagem institucionalizada que me inunda a alma, nem o meu blogue, que tanto gostava, hoje dou tratos à bola.

Acontece periodicamente, a intervalos de mais ou menos um ano.
E é sempre no verão, fico zanzando pela praia de Zumbi, da Redinha, de Genipabú e desta maneira não me apetece qualquer assunto, principalmente os assuntos policiais. Não há nada que me estimule a escrever sobre os temas que escolheram serem os do momento, a bola da vez.

Não há nenhuma revelação, descoberta… Informação importante o suficiente para me demover a escrever, cai à mão, mas não pego na caneta…Oops no teclado do P.C.
Eu não tenho e nem quero ter nada para partilhar. Amanhã pode ser diferente, mas de há uns dias para cá tem sido assim.
Sobre a economia do país, nada falo, pois nada sei, sobre política apenas posso dizer que em dias de eleição vou pescar no pantanal… Pago a multa é barato, eu não sou do tipo que se recente daqueles que sentem alguma desolação por uma oportunidade perdida. Fica para a próxima crise, para uma próxima eleição ou para quando esta pescaria se tornar insuportável pelos ataques dos mosquitos, no pantanal eles fazem a festa eu bem sei.

Tenham juízo e bom senso senhores…
Não se matem pela Polícia Civil de São Paulo…
Ela não merece…
Pelo menos para mim o parece.
Perdoem esta enxurrada de pensamentos…
Mas é demais, já conto com mais de 35 anos na casa.
Chega.

Senta a pua, desça a lenha:

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Ligeirinho, agora com balas traçantes aqui no Vietnã…de cara para o Morumbi ,muito chique…